O grafite e a pichação há anos vêm sendo vítimas de debates,tanto no âmbito social quanto governamental . Mas desde a aprovação do projeto Cidade Linda, do Prefeito de São Paulo,tais debates tem se acirrado, devido ao fato,do projeto ter por objetivo a realização de serviços de manutenção de logradouros e vias, incluindo a limpeza de pichações e grafites pela cidade. Diante disso, grafiteiros e pichadores sentiram-se “ameaçados”, pois afinal,ambos os atos, são arte ou crime? Segundo o Artigo 65,pichar uma edificação ou monumento urbano pode levar a uma pena de três meses a um ano e multa, e caso, se o ato for realizado em monumento ou algo tombado, tal pena pode variar de seis meses a um ano e multa. Em contrapartida, o Artigo aponta o grafite como uma valorização do patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que haja um consentimento tanto da parte privada quanto da parte governamental. Mas mediante o Artigo, para muitos artistas ambas se correlacionam e são artes. Na sociedade atual, não se pode negar que a prática da pichação é mal vista, sendo por muitas vezes considerada um crime ambiental. Diante disso, o grafiteiro Alex Hornest afirma: “A pichação é o verdadeiro grafite porque tem o papel de transgredir , deixar uma marca e uma idéia.Quando uma pessoa sai para uma rua com uma lata de spray, ela tem a intenção de deixar o seu registro, seja em desenhos ou palavras”. Portanto urge a sociedade e autoridades públicas se questionarem antes de tratar tal ato como crime. No filme “ Cidade Cinza”, produzido por grafiteiros, na qual tem como intuito apresentar ao público os dois lados da sociedade tal definição é bem apresentada. Pois o filme, se baseia na vida dos artistas de rua, que compartilham o seu dia a dia mais com a sociedade cinza ( aquela contra a pichação e o grafite ) do que com a sociedade colorida ( apoiadores da arte ). Diante disso vale relacionar o longa com o projeto Cidade Limpa, que vem “ apagando” o colorido de São Paulo. Em suma, levando em conta tais fatores e afirmações apresentadas, urge além das intuições públicas respeitarem o livre arbítrio, incentivarem tais práticas, por meio de campanhas e palestras gratuitas com artistas de rua. Urge também, às escolas focarem mais nas aulas de arte e aos pais mostrarem aos seus filhos o que é a arte praticando tal ato, pois a pichação assim como o grafite é sim uma arte, pois ao praticarem tal ato, os artistas estão se apresentando para a sociedade, não importando como estão se apresentando.