Título da redação:

Quantidade versus qualidade

Proposta: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 31/08/2016

Com o surgimento da Revolução Industrial no final do século XVIII, as empresas passaram a trabalhar em regime, praticamente, integral, a fim de aumentar os lucros. Em virtude disso, os funcionários tinham que trabalhar de 10 a 16 horas por dia, o que pode ser prejudicial para a saúde física e mental do trabalhador. Graças ao empresário Henry Ford que passou a adotar o regime de oito horas de trabalho por dia em sua companhia, no Brasil, assim como em muitos outros países do mundo, a jornada de trabalho, atualmente, gira em torno de 40 horas semanais. Porém, percebeu-se que mesmo reduzindo a quantidade de horas, em comparação com o início da Revolução Industrial, os trabalhadores continuavam estressados e, dificilmente, satisfeitos com as tarefas realizadas ao longo do dia. Além disso, estudos apontam que, em qualquer atividade, a mente humana é capaz de se concentrar em torno de 90 a 120 minutos, exigindo, após, um descanso de 20 a 30 minutos antes de retornar à atividade. No entanto, a maioria das empresas prefere explorar cada minuto do dia trabalhado dos seus funcionários, alegando, caso contrário, perda de produtividade. De acordo com o famoso autor Tony Schwartz, o trabalhador precisa administrar sua energia, não o seu tempo, pois os seres humanos não conseguem trabalhar de forma linear, integralmente, como uma máquina. Portanto, as empresas precisam reduzir mais a jornada de trabalho. Para que isso aconteça sem queda de produtividade, se faz necessário um treinamento, ministrado por especialistas na área, para os empregados, cujo objetivo é ensinar o funcionário a organizar melhor o tempo e a energia gasta em suas atividades, consequentemente, melhorando sua produtividade e, principalmente, a saúde mental e física.