Título da redação:

PIB e IDH

Proposta: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 11/08/2016

O adjetivo pátrio "brasileiro" tem origem na profissão de extrair pau-brasil exercida no Período Pré-Colonial, os quais possuíam exaustivas jornadas de trabalho. Posteriormente, os afrodescendentes, assim coo os indígenas, foram vítimas de igual destino; não constituiu uma exceção o operariado brasileiro e as demais profissões. Se desenvolvimento fosse sinônimo de trabalho à exaustão, por que o Brasil ainda apresenta situações socioeconômicas tão precárias? Na Grécia Antiga, era comum o pensamento de que para a produção intelectiva era necessário tempo dedicado ao ócio, isto é, ao lazer. Nesse sentido, depreende-se que, mantidas as atuais cargas horárias trabalhistas, estar-se-ia contribuindo para o agravamento da precariedade da contemplação artística e filosófica dos cidadãos, reduzindo, respectivamente, o reconhecimento das riquezas culturais e a formação de opiniões críticas. Além disso, casos como o da Suécia, que reduziu de oito para seis a quantidade de horas diárias de trabalho, contribuem para ratificar que reduções da jornada de trabalho aumentariam a produtividade, trazendo benefícios diversos à população. Como exemplo, a redução de estresse e o maior tempo a ser dedicado à família, o que desencadearia melhoras dos índices sociais. Logo, visto que a redução da carga horária traria evoluções socioeconômicas, faz-se necessária a intervenção dos sindicatos, os quais devem exigir dos Ministérios do Governo os devidos reajustes; ao Legislativo, cabe a criação de leis que legitimem as reivindicações sindicais. Assim, o país começaria a não ser mais apenas representante dos maiores PIBs, e sim o palco de notável desenvolvimento social e trabalhista.