Com o advento do novo Governo interino de Michel Temer ressurgiu a discursão sobre a carga horária de trabalho. Se antes a discursão vinda dos sindicatos tinha por objetivo a redução de 44 horas semanais para 40 horas, hoje o que se discute é uma "flexibilização" de até 80 horas semanais como medida econômica para evitar os impactos da crise. O presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade comentou sobre a possibilidade da carga horária ser estendida a até 80 horas semanais, que dividida por 6 dias, seria um pouco mais de 12 horas de trabalho por dia, carga horária muito próxima da praticada pelos primeiros trabalhadores da indústria no início do século 20 quando nenhum direito trabalhista existia. A proposta de Robson mostra que quem vai pagar o pato da crise econômica no Brasil é o povo, ao invés de se proposto a taxação sobre o lucro das empresas ou aumento de impostos o patronato propoe que não seja ele quem pague e sim o trabalhador que é quem deve investir mais do seu tempo no trabalho. A proposta de aumento de carga horária não vem acompanhada por aumento de salário, pelo contrário, o aumeno da carga horária é uma forma de não se pagar horas extras. Em contrapartida com a proposta de Robson, os sindicatos lutam para uma reformulação das leis trabalhistas, com redução de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salário, a intenção da proposta é melhorar a qualidade de vida dos funcionários e também a produtividade. Afinal o que é mais confiável um médico que trabalhou mais de 12 horas ou um que trabalhou durante 6 horas no dia? Economicamente, com a redução da carga horária, mesmo sendo preciso contratar mais funcionários, a medida além de diminuir o desemprego também aumenta a circulação de dinheiro no país. Em suma, a proposta infeliz de Robson tem pó objetivo jogar nas costas do povo a obrigação de acabar com a crise econômica, sendo que são as empresas que devem ser taxadas pelos seus lucros e pagarem mais impostos. Também é imprescindível a organização dos trabalhadores por meio das redes sociais e sindicatos trabalhistas, exigindo a diminuição da carga horária por meio de greves e manifestações constantes até suas demandas serem atendidas.