Título da redação:

O perigo da mudança

Proposta: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 12/08/2016

A jornada de trabalho brasileira é um assunto em pauta na sociedade. A discussão sobre reduzir ou aumentar a carga horária de 44 horas semanais gera grandes discordâncias principalmente entre trabalhadores e empregadores. Os debates sobre essas mudanças no Brasil acontecem devido, especialmente, a transformações nas leis trabalhistas de países desenvolvidos, como a França. Todavia, é preciso analisar os impactos que podem ser causados ao mercado interno. Naturalmente, a jornada de trabalho se adapta à sociedade, por exemplo, em nações desenvolvidas essa geralmente é menor graças às melhores condições econômicas adquiridas pelos indivíduos, que optam por trabalhar menos. Além disso, a história demonstra que a questão da carga horária é um problema já presente em outras épocas, como é o caso da primeira revolução industrial, na qual as pessoas se submetiam a péssimas condições de trabalho incluindo uma jornada exaustiva de 16 horas diárias. A proposta de redução da carga horária feita pelas centrais sindicais pode gerar graves impactos negativos na economia nacional visto que não acompanha uma redução proporcional do salário, logo, as empresas teriam que pagar mais aos seus funcionários por hora de trabalho sem que houvesse aumento na produtividade, haveria queda nos lucros, e as principais soluções para os empregadores seriam a dispensa de trabalhadores, aumentando as taxas de desemprego, e o repasse do novo custo ao consumidor através da elevação dos preços dos produtos. Mudanças na jornada de trabalho devem ser feitas de forma cautelosa para que não prejudiquem trabalhadores e empresas. O Governo Federal deve organizar um referendo popular para saber a opinião dos cidadãos sobre o assunto. É importante também que a flexibilização da carga horária mantenha uma relação proporcional do salário com a quantidade de horas trabalhadas, sendo essa mediada por consensos entre Ministério do Trabalho, centrais sindicais e indústrias.