Título da redação:

Mais trabalho não é sinônimo de lucro

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 14/08/2016

Criador da série de livros “Assassin’s Creed”, o escritor Oliver Bowden expôs por meio da literatura ficcional, a vida de trabalhadores durante a Revolução Industrial do século XVIII, que, sem nenhum direito, eram tratados de forma desigual e exploratória. Já fora do mundo fictício, a realidade não é muito diferente, porém encontra-se voltada à questão do aumento da jornada de trabalho que tem sido alvo de constantes discussões políticas. No entanto, a conexão entre o aumento da carga horária e o do lucro mostra-se precipitada, uma vez que tal acréscimo traz desvantagens tanto para o empregado quanto para o patrão. No ano de 2015, a Suécia testou de que maneira a redução da jornada de trabalho refletiria no país, e, segundo as autoridades, em menos de um ano as vantagens foram evidentes, conclui-se, portanto, que a diminuição do tempo de trabalho é mais fortemente relacionada ao aumento do lucro, uma vez que há uma diminuição no número de faltas e um aumento na produtividade. Além do mais, tal ato acarretaria num maior movimento econômico no mercado consumidor, visto que com um maior tempo livre, as pessoas teriam mais tempo para gastarem e consumirem. Entretanto, diante um mundo guiado por uma ótica capitalista, no qual fábricas e empresas buscam sempre o lucro como objetivo principal, o trabalhador acaba sendo explorado de forma física e psicológica, o que acarreta numa queda de produtividade. Ademais, o retardamento brasileiro quanto ao tema torna-se evidente ao se observar que não há mudanças nesse sentido desde 1988, o que de certa forma, acaba por facilitar a exploração no ambiente de trabalho. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Tornando-se evidente que mudanças devem começar pela estrutura básica, é válido que o Ministério da Justiça reforme as leis já existentes, buscando diminuir a exploração a qual muitas pessoas estão sujeitas. Além disso, o Ministério das Comunicações deve, por meio de campanhas midiáticas, informar as vantagens e desvantagens que uma possível redução de carga horária trará ao Brasil, permitindo assim, uma maior participação popular. Só assim, existirá a possibilidade de um acordo que agrade ambos os lados.