Título da redação:

Jornada de trabalho: reduzir para aumentar

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 13/08/2016

Jornadas trabalhistas excessivas, situações desumanas nas fábricas, no século XIX, eram condições que o Fordismo impôs ao gerar capital com o aumento da produção. No Brasil, sindicatos se organizavam e exigiam cada vez mais do governante da época, Getúlio Vargas, melhorias ao proletariado. Apesar do surgimento da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como resposta aos operários da década de 1930, a regulamentação estabelecida por ela é desrespeitada frequentemente, colocando as pessoas em alguns momentos de situações semelhantes ao período da industrialização brasileira. O atual governo propõe novas medidas, de reajuste da jornada trabalhista, para que as empresas tornem-se mais produtivas. O aumento da produção não, necessariamente, elava a produtividade. Em uma análise realizada na fábrica em Hawthorme, Elton Mayo, teórico das relações humanas, notou que o excesso de trabalho gerava desgastes no proletariado e que, por muitas vezes, ocasionava a rotatividade nas empresas. Para ele, o aumento na produção, de forma qualitativa, alcança-se pelo desenvolvimento de políticas que melhorem as condições dentro das empresas, como: oferta de planos de saúde, infraestrutura adequada e até mesmo a redução de carga horária. O rendimento e o tempo de trabalho são grandezas inversamente proporcionais. Durante a década de vinte, o american way of life proporcionou o consumo exacerbado pela população. Para atingir esse objetivo, implantou-se a redução de expediente, com o intuito dos cidadãos possuírem mais tempo para gastarem seu dinheiro em lazer e compras. Como efeito colateral a produtividade aumentou, pois os cidadãos continham mais tempo para o consumo e também para o descanso, tornando-os mais aptos ao trabalho do dia seguinte. Fica claro, portanto, que a promoção do bem estar social tornou-se benéfica e fundamental nas relações no mundo capitalista. O Estado, como função mediadora, deverá gradativamente reduzir o expediente. Por meio de parcerias com universidades públicas que gerem pesquisas, baseadas nos resultados apresentados sobre economia, promissoras para ambas as partes, empresa e funcionário. A Revolução Industrial trouxe consigo o desenvolvimento ao longo da história, negar direitos alcançados por ela significa abrir mão do progresso.