Título da redação:

Jornada de trabalho no Brasil: quantidade ou qualidade?

Proposta: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 08/09/2016

Durante a revolução industrial inglesa, no século XVIII, a jornada de trabalho era de dez a dezesseis horas diárias para homens, mulheres e crianças, que ainda recebiam um salário ínfimo. Com o tempo, através de lutas e movimentos sociais, os trabalhadores foram conquistando direitos para associarem o trabalho ao bem estar e à qualidade de vida. Porém, tais conquistas estão sendo ameaçadas em pleno século XXI pela classe dominante que insiste na exploração do proletário. Com o aumento da carga horária, o resultado será a queda significativa na produtividade, pois funcionários exaustos não produzem tanto quanto os bem dispostos. Terá como consequência também, o comprometimento da qualidade de vida do trabalhador, que ficará menos em casa e sofrerá redução no tempo para cuidar da saúde e desfrutar de momentos de lazer imprescindíveis ao ser humano. Além disso, apesar da crise que assola o país, o empregador deveria aumentar proporcionalmente o salário dos funcionários de acordo com a carga acrescida na jornada de trabalho. Entretanto, se ela for reduzida, o número de faltas diminuiria, pois os funcionários cuidariam melhor do bem estar físico e emocional. A produtividade também aumentaria, já que não se sentiriam explorados, mas dispostos e motivados a trabalhar. Portanto, tal medida não seria injusta, pois beneficiaria os empregadores e os empregados. A decisão a ser tomada precisa estar isenta de privilégios, beneficiando ambos os lados. Para isso, é preciso que os sindicatos se reúnam com os empregadores para alcançarem um ponto comum para que ninguém seja prejudicado, além disso, a flexibilização dos horários seria uma medida inteligente a ser tomada, na qual cada empresa com seus funcionários e sindicatos decidiria o horário ideal para os casos. É preciso que o trabalhador continue a lutar por seus direitos para que não seja submetido mais uma vez a uma exploração regulamentada e legal por parte da classe dominante.