Título da redação:

Idade Contemporânea, ideias arcaicas

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 15/08/2016

O filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin mostra um pouco sobre a condição dos trabalhadores das fábricas no mundo recém-capitalista. Nesse período, não existia leis trabalhistas e os empregados trabalhavam cerca de 16 horas por dia, recebiam baixos salários e benefícios inexistiam. Em contrapartida, nos dias de hoje, com as reformas trabalhistas, ainda é perceptível visões ultrapassadas, como a de aumentar as jornadas de trabalho, algo que não beneficia os trabalhadores e, indiretamente os empresários. Em primeiro plano, é válido destacar que mesmo com o desenvolvimento tecnológico, o trabalhador é de muita valia para o processo produtivo e que ao reduzir sua jornada, contribui-se para a saúde e qualidade no desempenho dos serviços. Desse modo, exemplos como a França e a Suécia devem ser seguidos, visto que mesmo com uma redação para aproximadamente 35 horas semanais, desde 2015, é notável o aumento da produção somado a melhora das condições física e psicológica dos funcionários, bem como da cadeia produtiva e diminuição do número de faltas. Outro ponto positivo dessa redução é a disponibilização de mais empregos, principalmente no período de crise, -segundo o IBGE, são mais de 11% de brasileiros desempregados, um recorde histórico. Nesse cenário, como legado do modelo capitalista, a competição por vagas no mercado de trabalho se inicia mais cedo, assim, jovens mais pobres que estudam e trabalharam, poderiam conciliar essas atividades com mais facilidade, além de receberem salários integrais. Fica evidente, portanto, que reduzir a jornada de trabalho é essencial para o crescimento da economia e para a o aumento da qualidade de vida da população. Por esse motivo, esses benefícios devem ser mais expostos pela mídia com debates de especialistas no assunto, seja por meios impressos, radiofônicos ou impressos, para conscientização das pessoas. Cabe à população realizar protestos pacíficos ou greves para mostrar que sem seu trabalho, as indústrias não têm muito lucro e nem consumo de seus produtos. Por fim, o Poder Público deve apoiar essas manifestações e propor um equilíbrio entre as horas trabalhadas e os salários, para que sejam dignas e deem tempo para a classe operária a momentos e lazer e cuidado com a saúde, diminuindo as despesas com faltas e hospitais.