O homem está fadado a tirar vantagem do próximo, segundo Thomas Hobbes. O pensamento iluminista exemplifica muito bem as condições trabalhistas do início do século XIX, análogas a escravidão, e através da consciência de classe, nomeada por Karl Marx, estas condições melhoraram mas o capitalismo ainda tenta subjetivamente balancear bem estar e produção. Se por um lado o capitalismo vai tentar sempre aumentar a produção e a mais valia, o socialismo é a cinta elástica do capitalismo, impedindo-o de devorar tudo a sua frente, isto é, os direitos trabalhistas. Presar o bem estar é básico, afinal, quem não quer viver bem? Citar uma carga horária de 30 horas semanais pode parecer um devaneio socialista e o pesadelo liberalista mas é o início de uma sociedade de primeiro mundo, com uma menor carga horária não será incomum muitos trabalhadores, principalmente jovens, cogitarem os estudos como uma forma de aprimoração e evolução de carreira por não precisarem mais gastar todo seu tempo livre em função de sobreviver. Sem dúvida tal reforma traria um acréscimo considerável de mão de obra qualificada no mercado. É preciso que os sindicatos do trabalho, em consenso, organizem uma proposta de lei que contemple um limite de seis horas de trabalho diário e também uma diminuição do imposto de micro e pequenas empresas, afim de proteger o mercado. O legislador e o executivo devem simpatizar com a lei, entendendo seu benefício para sociedade e aprová-la com rigor, conferido através da manutenção da facilidade de denúncia de empresas que não a respeitarem. Um país de primeiro mundo começa com leis de primeiro mundo.