A polêmica questão da jornada de trabalho no Brasil foi levantada após Robson Braga, presidente da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), declarar que defende o aumento para 80 horas semanais. Esse discurso do empresário deixa claro o pensamento egoísta do alto escalão industrial, que apoia a adição no tempo efetivo das atividades, ainda que, pesadas e insalubres. Embora os índices indiquem que o Brasil tem crescido economicamente, algumas restrições são percebidas. Tais contenções se encontram, entre outros, no setor primário. Prova disso, é que segundo levantamento do IBGE, houve decréscimo de 2,5% nas atividades, o que impulsiona os patrões a desejarem incremento na jornada. Por outro lado, é essencial que o trabalhador desfrute de vida social e familiar abundante. De certo, relações de afeto trazem calma e tranquilidade ao se exercer a função. Isso se constata ao ler o notório relatório do sociólogo Dalton Conley e que afirma, ainda, que há diversos benefícios na harmonia entre a profissão e o lazer. Fica evidente, portanto, que o Governo Federal deve alterar as normas trabalhistas brasileiras para alavancar as operações industriais e, ao mesmo tempo, garantir bem estar social ao cidadão. Para isso, uma mudança na jornada diária de trabalho para dois turnos de seis horas cada-com equipes diferentes- acarreta aumento real da produção (12 horas de serviço) e, concomitantemente, diminuição da carga horária individual do funcionário. Também, cada firma deve preparar um time de psicólogos a fim de fomentar motivação e prazer no ofício.