Título da redação:

Equilíbrio ideológico

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 05/09/2016

Apesar de interesses paradoxais, a relação entre os proletários e burgueses devem visar à igualdade. É a busca do equilíbrio para uma indústria saudável e com direitos justos para os trabalhadores. A questão da jornada de trabalho é uma questão delicada, pois envolve interesses conflitantes de duas ideologias opostas. Se voltarmos na história e pensarmos na revolução industrial, perceberemos que os trabalhadores foram extremamente explorados de forma desumana. Entretanto, o mesmo Karl Marx que convocou a união dos operários, usou o termo ‘ditadura do proletariado’. Quando citamos ditaduras, pressupõe-se que um grupo ou nicho estará sobre o outro e não ao lado dos diferentes à suas convicções. Esse é um ponto primordial para a discussão da jornada do trabalho, pois apesar de aparentemente conflitantes, a relação entre empresários e funcionários é inseparável e dependente, uma vez que são dois órgãos vitais de um só corpo, o labor e o capital de uma empresa. Vivemos em um mundo onde quase todos os países são capitalistas e o Brasil não destoa desse cenário. Destarte, o Brasil depende de uma indústria firme e que atraia investidores de todo o mundo, pois serão tais investimentos que garantirá emprego e captação de impostos para que o Estado cuide de seus cidadãos, sejam eles empregados ou desempregados. Nota-se que qualquer coisa que não o equilíbrio, será convertido em fuga de investimentos, pois o Brasil não será um país capitalista competitivo industrialmente ou o povo acabará sendo explorado assim como outrora. Dado o exposto acima, o Congresso Nacional em parceira com o Ministério do Trabalho devem regulamentar a redução para quarenta horas semanais da jornada de trabalho, porque garantirá recreação, labor e média de sono saudável em tempos iguais, além de dois dias de folga na semana. Tais fatos visam à qualidade de vida e trabalho em quantidade justa para os trabalhadores, sem que prejudique o funcionamento de empresas, uma vez que contratar dois funcionários por tempo menor, geraria mais impostos para a empresa. Tais gastos impactam no preço final do produto, na competitividade e no ganho individual do trabalhador, como consequência, teríamos também uma moeda corroída pela desvalorização. Outrossim, é a flexibilização das horas de trabalho que poderiam extrapolar as quarenta horas semanais, desde que em negociação com as Centrais Sindicais, fossem resguardados todos os direitos, equivalência dos salários e tempo de folga, labor e recreação.