Título da redação:

Disposição paro o aumento : Interesses e bem-estar social

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 18/08/2016

A base doutrinária estabelecida pelo filósofo alemão Karl Marx dizia que : "O governo do Estado moderno é apenas um comitê para gerir os negócios de toda a burguesia". Nesse sentido, apesar de décadas de teórico progresso, a problemática da defesa dos interesses dos burgueses - ou seja, aqueles que detêm os meios de produção - mantém-se presente na contemporaneidade perpassando pela questão da jornada de trabalho no Brasil, que tem seu aumento como malefício para a sociedade, posto que esse aumento visa o benefício dos empresários ao invés do povo. Sob essa perspectiva, a vinculação entre o Estado e os grandes empresários conjuntamente com o não cumprimento do dever estatal em garantir o bem-estar de seus cidadãos devem, indubitavelmente, sofrer alterações a fim impedir tal acréscimo. Em primeiro plano, a estreita relação entre o Estado e os grandes empresários acaba por facilitar a decisão errônea de aumentar a jornada de trabalho. Nesse sentido, L. De Melo e Souza, chefe do setor de finanças governamentais, aponta que " 75% dos políticos brasileiros recebem verbas dos setores privados para campanhas eleitorais e tal prática tem como produto a aceitação facilitada de projetos de interesse desses investidores". Sendo assim, o aumento da jornada de trabalho é de extrema importância para os proletários, uma vez que gera maior lucro para esses. Entretanto, esse aumento acaba por gerar diversos problemas psicossociais na população. Ademais, verifica-se como intrinsecamente relacionada à problemática o descumprimento do governo para com o bem-estar de seu povo. Posto isso, no século XVII, o filósofo Thomas Hobbes,em seu livro "O Leviatã", afirmara que : "É dever do Estado garantir a felicidade e a harmonia de seus cidadãos". Desse modo, países como a Suécia - vanguardista no que diz respeito aos direitos trabalhistas - diminuem a jornada de trabalho de 8 para 6 horas diárias, garantindo o desenvolvimento econômico paralelamente ao desenvolvimento saudável físico e mental da população. Portanto, torna-se evidente que esse aumento acarretaria problemas psicológicos, além de criar condições prejudiciais aos trabalhadores, remetendo a bárbara fase da segunda revolução industrial, na qual os proletariados trabalhavam mais de 14h por dia. Entende-se, portanto, que o repasse de verbas dos setores privados para políticos e o descumprimento do dever governamental são pilares para se instaurar os malefícios do aumento da jornada de trabalho. Sendo assim, cabe ao poder legislativo criar leis mais rigorosas e repassar verbas para o setor executivo, o qual deve, concomitantemente, implementar e criar mais instãncias fiscalizadoras,a fim de extinguir o sistema de troca de favores outrora criado. Além disso, as camadas populares, sobretudo as mais exploradas, devem pressionar por meio de manifestações as instâncias legislativas municipais para que essas voltem suas atenções para o bem-estar social. Desse modo, com o alcance e eficiência dessas ações, o pensamento Marxista poderá ser superado.