Título da redação:

Desilusão Trabalhista

Proposta: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 25/08/2016

Ao fazer uma análise da sociedade brasileira, busca-se compreender a realidade e as causas das atuais reclamações trabalhistas e, inclusive, relacionar à péssima situação econômica. Ao contrário do que muito se fala a respeito de fatos como a criação de sistemas de produção – exemplificadamente, o Fordismo e o Toyotismo, na época da Revolução Industrial – quanto menos for preciso trabalhar, melhor será o feito. A lógica é simples: reduzem-se as cargas horárias, melhora-se a saúde dos funcionários, e, consequentemente, aumentam-se os desempenhos de trabalho no dia seguinte. Sem contar, ainda, que inúmeras empresas as quais visam a imensa e rápida produção, necessitarão de mais funcionários para o cumprimento das demandas, contratando novas pessoas e contribuindo para a redução da crise do desemprego no país. Não raro, toma-se conhecimento, por meio de aparelhos de comunicação e artigos jornalísticos, da discussão a respeito de outros países, principalmente europeus, os quais resolveram reduzir sua carga horária, resultando em um aumento no índice de qualidade de vida e, é claro, no Índice de Desenvolvimento Humano - IDH. Alguns argumentam sobre o “jeitinho brasileiro”, culpando esta injusta generalização de cada cidadão brasileiro, como se todos fossem preguiçosos e sem honra. Não obstante, um julgamento como esse diverge com a real necessidade de melhoria da produção e de serviços empresariais, associados ao aumento da qualidade de vida dos funcionários. Além disso, com a reversão das prioridades a respeito das condições trabalhistas, inúmeros cidadãos exigem o acréscimo de mais de dois terços de uma carga horária além da estabelecida atualmente, tornando a situação uma verdadeira realidade incompreensível, com vidas em condições desumanas, quase sem lazer e descanso. Assim como, comparativamente, o filósofo John Locke explicita: "Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos.", realçando, ainda mais, a divergência entre classes sociais no Brasil. Por meio dos aspectos mencionados, a correção deve iniciar na causa do problema, direcionando a fim do bem-estar dos cidadãos, consequentemente, favorecendo a redução da carga horária, e não o aumento. É imprescindível que haja uma conscientização coletiva e uma luta dos trabalhadores, desde escolas a até mesmo mesmo salas de reuniões de sindicatos. Manifestações devem exigir que o governo apoie a sociedade como um todo, sem favorecimento unilateral, auxiliando e protegendo o trabalhador. Dessa forma, a lei pode ser desenvolvida, e pode promover a chance de tentar exterminar estas irregulares e opressoras situações. O aumento da jornada de trabalho é inaceitável, sendo o oposto, a melhor atitude: a redução.