Título da redação:

Contra à corrente

Proposta: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 17/08/2016

Mesmo com às 44 horas semanais expresso na Carta Magna, os brasileiros têm reclamado dessa jornada. Além disso, o pouco descanso, cidades cada vez mais intransitáveis e empregos, muitas vezes, longe das moradias dos trabalhadores, fazem com que a sensação de horas trabalhadas aumente muito mais. Dessa forma, é necessário que essa carga seja diminuída para promover um maior bem-estar ao empregado e reduzir os transtornos que acabam afetando as empresas, mesmo que alguns se posicionem contra. Em primeiro lugar, pesquisas revelam que a redução de jornadas de trabalho promove melhorias na qualidade de vida do trabalhador e aumenta a produtividade. Alguns países desenvolvidos como, por exemplo, Suécia, apostaram nisso e já estão sentindo seus bons efeitos. Dessa forma, trabalhadores mais descansados e com um maior tempo para se cuidar, ficam mais dispostos para produzir. Atrelado a isso, a redução desse tempo aumenta a motivação do empregado. É muito grande o número de funcionários que diminui seu desempenho após longos períodos produzindo. Não obstante, com o aumento do tempo de descanso, o estress, o enfado e o desgaste são minimizados e, com isso, tenderão a estar mais animados para o trabalho. No entanto, é importante ressaltar que as ideologias burguesas impedem esse ganho. Benjamin Franklin já disse que "tempo é dinheiro". Dessa forma, para os grandes empresários ou empregadores, a redução nas jornadas de trabalho será interpretada como perda, ou seja, quanto mais explorada a mão-de-obra, mais lucratividade. Dessa maneira, como grande maioria dos sindicatos e organizações trabalhistas são tímidas e pouco valorizadas, até mesmo, pelo próprio trabalhador, a visão capitalista continuará impedindo e retroagindo benefícios para quem realmente produz. Fica evidente, portanto, que é preciso diminuir a jornada de trabalho para ampliar a melhoria social. Para que isso aconteça, primeiramente, o Estado deve promover melhorias técnicas, estruturais e laborais, por meio de incentivos financeiros e capacitação dos seus representantes, a fim de serem mais ativos na defesa das categorias profissionais. Outrossim, escolas devem trazer a discussão para dentro de disciplinas como sociologia, auxiliadas por psicólogos e psicopedagogos, com o intuito de desenvolver cidadãos mais críticos, valorosos e que visem o bem-estar da população e não das classes dominantes. Sendo assim, as leis poderão ser mais justas e cidadã.