Em tempos de crise econômica, o número de desempregados aumenta exponencialmente. Por outro lado, aqueles que ainda mantiveram suas funções, podem sofrer com mudanças impostas pelo Governo, que enxergam nas reformas trabalhistas e da previdência, um ponto forte para reverter a situação financeira do país. Uma das propostas colocadas em pauta é o aumento ou redução da carga horária de trabalho. Defensores do seu aumento, levam em conta o pensamento derivado do Fordismo, onde produção em massa está diretamente relacionada com lucratividade. Linhas de produção trabalhando ativamente, e com aumento gradativo do estoque. Porém, fatores como o ócio e o descanso da mão de obra responsável por fazer o capital girar, não recebem a devida importância nas mesas de negociação. Paralelo a isso, se encontram os adeptos da redução da jornada de trabalho, na maioria das vezes, concentrados em movimentos e centrais sindicais, que levantam a bandeira em busca de melhores condições de trabalho. Nos dias atuais, onde, por exemplo, montadoras automotivas impõem férias a seus trabalhadores por falta de demanda sobre o que é produzido, o Toyotismo pode ser usado para embasar argumentos contrários a expansão do período de trabalho. Corrente essa que considera vital apenas produzir o que é demandado, eliminando assim, possíveis custos que seriam aplicados com o manuseio de excedentes. Sendo assim, é de extrema importância que se encontre um consenso. Não se pode reformar as leis que regem o trabalhador, e ao mesmo tempo prejudica-lo, eliminando possíveis direitos. Uma diminuição no tempo de trabalho, sem alteração salarial, poderia formar novos períodos e turnos, consequentemente, aumentando o número de postos de trabalho.