No território brasileiro sempre houve uma cultura exploradora e elitista dentro das relações politicas, as quais constantemente deixavam de lado assuntos como “a jornada de trabalho” e tomavam medidas especificas para um bem estar próprio da burguesia. Sendo assim, em meio a econômicas excludentes e discursos irracionais é importante que haja uma remodelação das jornadas de trabalho e dos moldes sistêmicos que vivemos. Contudo, há uma correlação entre a carga horaria e a produtividade de uma nação a ponto deste rumo tornar-se prejudicial? E mesmo com uma lei ajustada para um progresso trabalhista, é rentável uma “flexibilização” em casos extremos de crise? Primeiro, é importante ressaltar que a qualidade de produção e suas vertentes não estão ligadas diretamente com a quantidade de horas que os funcionários exercem. Além disso, países como a Suécia e os Estados Unidos da América provam esta tese através do reflexo da carga horária de seus mercados de trabalho, que são quantitativamente menores que a do Brasil e qualitativamente melhores. Por isso, incidir na capacitação e bem-estar de nossos trabalhadores é essencial para melhores atividades e realizações profissionais, garantindo assim um crescimento socioeconômico e de nossas indústrias. Entretanto, em tempos de crises setoriais e de abastecimento é relevante “flexibilizar” as leis sobre horas trabalhadas para um bem estar social, aumentando-as gradativamente com relação à necessidade das fábricas e pagando salários extras por meritocracia. Um exemplo importante deste sistema é a França, que nos períodos críticos estabelece algumas exceções para suprir a indispensabilidade das indústrias. Ou seja, ajustar a economia para momentos especiais e executá-las perante a decisão do povo é de extrema necessidade em um país meramente desenvolvido. Por fim, a remodelação e versatilidade nos processos trabalhistas é uma tomada crucial para a melhora de nosso país. Em curto prazo, o Governo Federal deve disponibilizar um site na internet para que analistas e doutores especializados no assunto deem seu parecer sobre o tema, assim permitindo que população desenvolva sua opinião sobre estas mudanças e tome iniciativa votando em questionários que seriam analisados posteriormente pelo Estado. Em longo prazo, o mesmo órgão em conjunto com os sindicatos devem se reunir para renovar as leis de maneira progressista, reduzindo as jornadas de trabalho para 6 horas/dia (decorrente da locomoção e trânsito nos grandes centros) e predefinindo exceções em momentos críticos da economia, assim melhorando a vida dos funcionários e o rumo do Brasil.