Com o advento da máquina a vapor, criada por James Watt, a população urbana se viu diante de uma rotina exaustiva de trabalho. Atualmente, entre sociólogos, filósofos e governos se debate a variação da carga horária de trabalho. Tal dilema é fruto, principalmente, dos anseios do sistema capitalista e, em contrapartida, o bem-estar do proletariado. O aumento das horas de trabalho, acaba por sobrecarregar o operário, por vezes, insuficiente para atender tamanha demanda de afazeres, pois, segundo Eric Hobsbawn, as péssimas condições de trabalho do século XVIII são a prova de que o aumento progressivo, do quesito em questão, gera desconforto social. Nessa perspectiva, quanto mais aumentos, maiores seriam as greves, revoltas trabalhistas e críticas nas artes e no cinema, como, o filme Tempos Modernos, lançado em 1936 pelo cineasta Charles Chaplin. Soma-se a isso o fato da saúde individual ser prejudicada, uma vez que o trabalhador tende a dormir menos, por causa das dificuldades de locomoção nas grandes cidades brasileiras e sua jornada de trabalho cansativa. Fazendo com que o empregado necessite "estar de pé", bem antes do horário exigido para entrada na empresa. Além de, por vezes, tornar sua casa extensão do trabalho. Por conseguinte, afetando sua produção hormonal, imunológica, causando fadiga muscular, psicológica e neurológica, segundo a Dr. Regeane Trabulsi, em entrevista para a revista Cérebro Mente. Em suma, com o intuito de manter a integridade da classe trabalhadora, o tempo semanal de trabalho deve ser diminuído, haja vista, sua vigente sobrecarga sobre às classes subaltenas. Pra isso, poder-se-ia formar assembleias entre o Ministério do Trabalho, sociólogos e economistas, para debaterem quantas horas seriam o suficiente para manter o avanço econômico e satisfazer a população. Após a formação de dois ou mais modelos poderiam ser lançados para um consenso entre sindicatos e proprietários de empresas, com auxílio mediador do Poder Judiciário e Legislativo. Visando estabelecer a melhor quantidade para cada ordem de serviço. Pois, como disse Abílio Guerra J, "a felicidade depende de três pontos: trabalho, paz e saúde".