Título da redação:

A jornada de trabalho do brasileiro em jogo

Tema de redação: A questão da jornada de trabalho no Brasil - aumentar ou reduzir?

Redação enviada em 28/08/2016

Em maio de 2016, o até então vice-presidente de Dilma Rousseff, Michel Temer, assumiu o cargo de presidente interino do Brasil. No discurso de sua posse houve uma declaração que deixou muitos pontos para debate, a frase “Não pense em crise, trabalhe!” teve grande repercussão e acarretou a preocupação das populações de classe média e baixa a respeito do futuro das leis trabalhistas brasileiras. No Brasil, a consolidação das leis de trabalho foi inserida na época do Estado Novo, comandado pelo presidente Getúlio Vargas. A proposta referente à carga horária na época era dividir às 24 horas do dia entre trabalho, lazer e descanso, ficando assim, uma carga de oito horas de trabalho diário que no fim da semana juntaria 44 horas semanais. Essa lei é válida até hoje. Entretanto, outra declaração colocou em jogo a carga horária do trabalhador. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, declarou a possibilidade de uma carga de 80 horas semanais, deixando de lado a saúde, o lazer e descanso do trabalhador. É sábio que este é um país capitalista, porém a partir do momento em que é desafiado o bem-estar da sociedade, é preciso reavaliar aquilo que é válido. O aumento da carga horária trará trabalhadores desmotivados, cansados, sem expectativa de vida e consequentemente o desenvolvimento de variadas doenças físicas e mentais. Ao aumentar a jornada de trabalho o empresário coloca em risco a vida do trabalhador e a produtividade da empresa. Na Suécia em 2015, autoridades colocarem em teste a redução da jornada de trabalho, de oito para seis horas diárias, e os resultados foram amplamente positivos, como a redução de faltas, produtividade e melhora da saúde dos empregados. Portando, é importante que a carga horária não aumente e sim diminua, uma vez que é preciso levar em conta não só a produtividade, mas também a saúde física e mental do empregado. É preciso que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), fiscalize mais as leis, evitando jornadas exaustivas e até o trabalho escravo. Os sindicados trabalhistas devem realizar greves e reivindicar seus direitos, não aceitando o aumento da jornada de trabalho. Com isso, o Brasil terá trabalhadores produtivos, proativos e saudáveis, podendo até mesmo elevar o Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro.