A inclusão de pessoas com deficiência é, sem dúvida, um desafio concernente a sociedade moderna, já que, o próprio processo de evolução permite tal efeito. Todavia, há questões indispensáveis e claramente dependentes da relação “educação e infra-estrutura” que impedem a integração completa do homem ao seu meio. Nesse ínterim, encontra-se plenamente vinculado a temática, o fator educacional no que desrespeito a, incorporação e aceitação do indivíduo a um grupo dominante. Seguindo essa linha de raciocínio, observa-se como exemplo, a ausência de crianças com necessidades especiais em escolas regulares. Ademais, tem-se a falta de preparação de professores e profissionais para lidar com diferenças físicas, psicológicas e mentais. Com isso, depreende-se que, o alunado brasileiro na sua maior totalidade esbarra-se com uma deficiência anacrônica advinda do âmbito escolar, que pode gerar problemas como: isolamento, depressão, “bullying” e outros males, agravando ainda mais, o que poderia ser resolvido com equidade. Por conseguinte, vê-se uma infra-estrutura nacional fraca e segregadora assumindo-se como destaque perante o corpo social e suas diferenças. Inerente a isso, salienta-se a falta de rampas de acesso a cadeirantes, a ausência de escrituras em braile em espaço público, banheiros com portas largas e transportes adequados a toda população. Não obstante, tem-se em todos os aeroportos internacionais do país informações idiomatizadas em diversas línguas. Logo, com uma base de comparação, infere-se que, o Brasil tem mais suporte para estrangeiros do que para seus cidadãos. O que, causa constrangimento e divisão entre uma mesma sociedade. Destarte, torna-se evidente que a inclusão de pessoas com deficiência, não é só uma questão de direitos, mas também de bom senso social e humanização. Dessa forma, faz-se mister que, a família participe efetivamente da vida escolar de seus filhos, contribuindo para uma educação de tolerância, permanente em todos os âmbitos, através de diálogos e debates, para que estigmas sejam quebrados. Também e viável que, o Governo Federal intervenha em parceria com as grandes construtoras, elaborando novos métodos de integração e políticas afirmativas, tal como: a preparação de profissionais, mais vagas para alunos especiais e a implementação de estruturas adequadas a todas as pessoas, sem desigualdade. E posterior a isso, que cada indivíduo possa pessoalmente aumentar seu grau de criticidade em relação às diferenças de um grupo, tendo sempre em mente que “colocar-se no lugar do outro faz o mundo no lugar de todos”.