A marginalização das pessoas com deficiência não é um problema atual: desde a Primeira Guerra Mundial, quando muitos dos combatentes voltaram para suas famílias sem algum membro, cegos, surdos ou com problemas mentais a inclusão da diferença se tornou um desafio para o ministério público - tanto no setor econômico quanto no setor social. Atualmente, a mentalidade da pessoas é mais ampla e permite uma aceitação maior para com o indivíduo portador de uma deficiência por isso a questão da inclusão pode ser muito mais discutida e relevada. Segundo o IBGE, 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Um número de pessoas consideráveis e que merece toda a atenção e respeito possível. Por isso, entrou em vigor, em julho deste ano, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante condições inclusão de pessoas com deficiência. Contudo, o Brasil avança lentamente para solucionar o problema. A lei vigente trata problemas como o de que escolas não podem mais cobrar taxas extras por alunos deficientes e não se pode mais dificultar a filiação de pessoas com problemas especiais em planos de saúde, o que foi um avanço maiúsculo, mas que não resolve os problemas diários e o preconceito enfrentado por eles. Precisa-se instalar mais rampas para cadeirantes nas ruas, as calçadas precisam ser melhor conservadas para a passagem de cadeira de rodas, muletas e cegos e os cinemas precisam disponibilizar as opções de filmes animados para surdos, ou seja, com legenda, algo que não acontece no Brasil. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O projeto de lei que entrou em vigor é valido e glorioso, mas mais do que isso, a receita federal deveria transferir mais impostos arrecadados em obras de infraestrutura para deficientes e o MEC deveria implantar políticas de debates e palestras em escolas, ministradas por psicólogos e envolvendo pais e alunos sobre as diversidades do povo que constituí este belo país.