Título da redação:

Despertar do pensamento inclusivo

Proposta: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 23/10/2017

Aparato jurídico ao objetivo de inclusão, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, especialmente no artigo 13, pugna pelo pleno gozo da isonomia em todos os meios. O previsto, entretanto, contrapõe-se ao preconceito da sociedade e ao descaso do Estado com os deficientes. Configura-se, desse modo, a necessidade de mudança, visando oferecer condições dignas à tal grupo. Em primeira análise, ressalta-se o estabelecimento do conservadorismo moderno, fundado por Edmund Burke em "Reflexões sobre a Revolução na França", na nação. Esse pensamento, crítico dos movimentos sedentos por alterações conjunturais, "enraiza" culturas tradicionais e "antagoniza" as variações dos padrões. Nesse contexto, a repulsa contra o diferente, sustentada também por uma errônea visão de dependência em relação às necessidades especiais, reprime e ridiculariza as pessoas com deficiência. Vistas, arbitrariamente, como "incapazes", têm seus direitos questionados nos pleitos trabalhistas, por exemplo, haja vista a desinformação, a falta de boa vontade e a seletividade dos patrões. Por conseguinte, impede-se o fomento da acessibilidade - definida pela vivência independente e pelo exercício da cidadania. Não restrigindo-se às necessárias pautas sociais, tal requisição amplia-se ao viés da mobilidade urbana. Nesse cenário, o histórico planejamento desenfreado e irresponsável - enquadrado nas políticas públicas dos governos desenvolvimentistas do Brasil - foi responsável pela arquitetação de cidades mal estruturadas e carentes de recursos adequados à todos. Dessa maneira, são pouquíssimos os ambientes que dispõem de transportes de massa apropriados, calçadas com níveis de conservação razoáveis e rampas de acesso existentes. Dessarte, relativamente a tamanho dilema, urge que as instituições de ensino, mediante instrução do Ministério da Educação e concomitância as famílias, têm o papel de promover palestras sobre os conceitos de inclusão social e acessibilidade, por meio da participação voluntária de sociólogos e pessoas com deficiência, trazendo ao debate a importância do respeito, no fito de evitar uma geração intolerante. Além do mais, cabe ao Ministério das Cidades criar programas de acessibilidade, por meio de investimentos estatais, que recompensem a construção e a preservação dos locais de inclusão, com o objetivo de modificar a realidade dos indivíduos.