Esparta, conhecida e admirada por seu afamado caráter militar, submetia-se ao sacrifício de recém-nascidos que portassem algum tipo de deficiência em prol de seu rigoroso critério físico. A negação imposta na Idade Media sintetizou uma cultura de segregação também presente na contemporaneidade. Desde a Segunda Guerra Mundial, os avanços científicos permitiram a melhora na qualidade de vida de grande parte da população com deficiência: indústria de próteses e equipamentos de apoio tem ganhado destaque no mercado de âmbito mundial. Todavia, instrumentos destinados a deficientes demandam alto custo de fabricação, ao passo que impede a chegada destes à população de baixa renda. Medicamentos diários e o acesso a centros de fisioterapia constituem-se em um dos desafios dos portadores de necessidades, cuja saúde debilitada contrapõe-se ao alto preço do mercado especial. Em nível nacional, o índice de trabalhadores deficientes no mercado de trabalho é considerado baixo quando comparado a outros países emergentes, Empresas contratantes dessa parcela da população ainda são minoria, fato que se soma à remuneração inferior quando comparada a trabalhadores sem restrições. No campo do lazer e entretenimento, a ausência de planejamento adequado e infraestrutura eficiente contribuem para a segregação da parcela deficiente no país. Diante dos argumentos supracitados, faz-se necessário mecanismos que garantam a inserção de deficientes físicos e intelectuais no meio social. É viável a disponibilização de verbas por parte do Estado com a finalidade de adaptação da infraestrutura municipal e capacitação de profissionais, com o intuito de promover maior conforto e socialização do grupo na comunidade. Em adição, a sensibilização de empresas privadas frente a realidade nacional a respeito do problema é uma estratégia socioeconômica para atrair investimentos nos institutos de apoio aos deficientes e industrias de próteses, a fim de minimizar tal contexto no país.