Na série Gray's Anatomy, uma das médicas do hospital é vítima de uma queda de avião e tem sua perna amputada. Sensibilizada, se vê diante de uma vida de adaptação e lida com o descaso do poder público para com as pessoas com deficiência. Fora da televisão, situações como essa se mostram uma realidade no Brasil, tornando-se indispensável efetivar medidas que resolvam, definitivamente a questão. Conforme o filósofo Thomas Hobbes, cabe ao governo manter a ordem e assegurar o bem-estar social dos indivíduos inseridos em uma sociedade, de forma que todos possam contemplar de direitos igualitários. Embasado nisso, infere-se que há uma discrepância entre a função teórica da gestão e sua aplicabilidade no beneficiamento dos indivíduos, visto que tal bem-estar, igualdade de condições e oportunidades asseguradas na constituição não se fazem presentes no cotidiano dos deficientes. Nesse âmbito, se nota o total desrespeito a essa classe. Ruas e calçadas sem acessibilidade, ambientes públicos sem rampas, pouquíssimos ônibus adaptados a cadeirantes, falta de oportunidade no mercado de trabalho e, beirando as margens do absurdo, escolas que cobram uma taxa extra para crianças com deficiência. Entende-se, portanto, que os obstáculos e desrespeito sofridos por pessoas com necessidades especiais é uma realidade presente. Dessa forma, o Executivo deve aumentar a fiscalização das leis vigentes que buscam a inclusão e equidade na sociedade e o Governo deve garantir a infraestrutura necessária para o livre fluxo dessa categoria; além disso, escolas, em parceria com ONG's, devem, através de oficinas e palestras, fomentar ideais de inclusão e respeito em relação aos deficientes dentro e fora das escolas. Dessa forma, o Brasil será um país mais justo e coerente com a constituição vigente.