Nos séculos XVIII e XIX, pessoas com algum tipo de deficiência eram costumeiramente tratadas como inválidas ou incapazes. No entanto, a semântica desses termos, que carregam um teor depreciativo, está mudando na contemporaneidade, já que todos tipos de deficientes possuem habilidades e potenciais para contribuir de diversas formas. Embora haja muito preconceito acerca dessa minoria, sua inserção na sociedade, assim como seus direitos, devem ser garantidos, para que sua participação seja efetiva. Primeiramente, vale ressaltar que a justiça, em diferentes ambientes, aos deficientes muitas vezes não é assegurada. Segundo Aristóteles, a noção de igualdade significa “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades”. Diante dessa concepção, pode-se inferir que as pessoas deficientes não gozarão de seus direitos, igualmente a todos cidadãos, se suas necessidades não forem atendidas. Um exemplo disso são os diversos transportes públicos que carecem de plataformas elevatórias ou a falta de sinalizações para deficientes visuais. Assim, o uso do espaço público fica restrito apenas a uma parcela da população. Ademais, outro aspecto a ser enfatizado é o excelente método inclusivo do esporte. Prova disso foi a campanha no Jogos Paralímpicos de Londres 2012, em que o Brasil conquistou muitas medalhas, muito além das anteriores. Acontecimentos como esses colaboram para um maior investimento em projetos esportivos voltados a pessoas com necessidades especiais, os quais ainda são muito incipientes no Brasil. No entanto, projetos nesse âmbito têm ganhado força, principalmente após a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, aumentando a integração dos deficientes com a sociedade. Fica claro, portanto, que a inclusão de pessoas com necessidades especiais pode ser feita pela garantia de seus direitos ou mesmo no âmbito esportivo. Diante disso, o trabalho conjunto de Prefeituras com a iniciativa privada, investindo em sinalizações e nos devidos suportes, como plataformas elevatórias em ônibus, ás pessoas com deficiência, permitiria o uso igual do espaço público entre todos, garantindo a noção aristotélica de justiça. Além disso, o governo, juntamente com as ONGs, poderiam investir em projetos gratuitos para deficientes, por meio da criação de centros esportivos e culturais, melhorando assim a integração dessa parcela da população com a sociedade. Assim, medidas como essas sedam o inicio para a melhoria efetiva da vida de pessoas portadoras e necessidades especiais.