Por muito tempo, antes da grande descoberta das terras Tupiniquins pelos portugueses, populações indígenas possuíam práticas de eliminação sumária de crianças com deficiência ou a exclusão daquelas que viessem a adquirir algum tipo de limitação física ou sensorial. Contudo, séculos se passaram e o que antes era praticado por questões culturais, hoje, traduziu-se a atitudes de caráter preconceituoso. Dessa forma, é preciso encontrar medidas que maximizem a inclusão e o respeito e minimizem a segregação e o preconceito. Em um primeiro plano, deve-se entender que a questão da inclusão das pessoas com deficiência está atrelada a uma série de desafios. Nesse sentido, a qualidade dos serviços educacionais com profissionais qualificados é preponderante para uma inclusão mais eficiente. Assim, profissionais devem ser preparados para orientar e saber lidar, na medida do possível, com as limitações e impossibilidades a que estão sujeitas esses indivíduos. Entretanto, ainda que haja o preparo adequado dos educadores, aqueles cidadãos deficientes que conseguem obter uma qualificação escolar, muitas vezes, encontram barreiras para conseguir um trabalho, e quando conseguem, são rejeitados e colocados a margem da sociedade no ambiente trabalhista. Dessa forma, fica explicito que apesar de conquistarem seus direitos com leis, os deficientes ainda são taxados como incapazes por conta de preconceitos que precisam ser eliminados. Para que isso seja possível, uma gestão mais coletiva se impõe para orientar a sociedade em direção a pensamentos mais humanos. Torna-se evidente, portanto, que o país precisa administrar de forma mais consciente a questão da inclusão de pessoas com deficiência. Assim, como já afirmava o filosofo alemão Karl Marx: “De nada valem as ideias sem homens que possam pô-las em prática”, logo, além das medidas anteriormente citadas, há ainda a necessidade do desenvolvimento da iniciativa pública e privada e de investimento de uma maior parcela de impostos pela Receita Federal na formação dos envolvidos, trabalho que não se restringe apenas aos pedagogos, mas a todos. Com isso, indivíduos com pensamentos hostis para com os deficientes, certamente serão gradativamente suprimidos.