Em um país com 45 milhões de deficientes, a existência de um preconceito estrutural perante este grupo, é no mínimo uma contradição. E é este pensamento de que a deficiência significa ineficiência que acaba sendo responsável pela manutenção das dificuldades encontradas na vida desta grande parcela da população. Apesar da existência de grandes gênios e deficientes como é o caso do Stephen Hawking, cientista responsável pela hipótese da existência dos buracos negros, ainda há um pensamento preconceituoso na mente de grande parte da população. Este pensamento acaba por subestimar as capacidades do deficiente, e, por fim, tratá-lo como um incomodo. Tal preconceito somado à algumas dificuldades financeiras encontradas por pequenas empresas na instalação da infraestrutura necessária como: rampas para cadeirantes, acaba segregando por completo a entrada desse grupo em alguns estabelecimentos, e estes mesmos deficientes também encontram dificuldades em ambientes estatais, como por exemplo: semáforos não-sonoros, demonstrando o quanto mudanças são necessárias. Além disso, é importante ressaltar a existência da deficiência temporária. É por exemplo o caso das grávidas ou de indivíduos com ossos quebrados. Tais pessoas não conseguem realizar uma simples viagem de ônibus à pé, e em alguns casos encontram resistência para que passageiros ofereçam seus lugares, Não é raro uma grávida que ainda esteja nos primeiros meses da gestação não conseguir assento, pelo fato dos outros passageiros julgarem que ela não merece, e isto acaba prejudicando sua saúde. Dessa forma, torna-se evidente, o quão há a necessidade de mudanças tanto no preconceito, quanto na infraestrutura. O Ministério da Cultura deverá em parceria com a mídia, inserir personagens com as mais diversas deficiências em suas criações novelísticas, propagandísticas e de entretenimento em geral. Essa medida aproximará a figura do deficiente ao cidadão, e afastará a visão preconceituosa deste grupo. Além disso, o Governo Federal deverá investir na instalação de infraestrutura básica como: pisos táteis, semáforos sonoros, rampas, e além disso, criar um financiamento para que empresas de pequeno porte possam se adequar aos deficientes. E, por fim, a criação de uma multa para cidadãos que se neguem à oferecer espaço em transporte público ou desrespeitem o deficiente de forma similar. Para que desta forma, a vida torne-se a mais igual possível para todos.