Historicamente, sabe-se que revoluções sociais partem de correntes ideológicas baseadas em um bem comum. No entanto, quando a inclusão de deficientes no Brasil é observada, percebe-se que esse ideal foge da realidade e se aproxima da utopia para muitos brasileiros. Nessa âmbito, pode ser analisado que mesmo com diversas políticas públicas, a problemática persiste devido a uma falha executiva e na convivência realmente democrática. Em primeiro lugar, é importante sinalizar que, mesmo com aprimoramentos na legislação para a real integração do deficiente na sociedade, a burocracia do sistema punitivo colabora com a permanecia da exclusão. Desse modo, as medidas consideradas corretas acabam não sendo tomadas no devido instante, provocando um desequilíbrio democrático na pátria verde-amarela. Em segundo lugar, deve-se considerar as relações individuais para a obtenção de uma análise mais profunda. Com isso, cabe o pensamento do sociólogo Pierre Bourdieu, dizendo que o desrespeito dos direitos humanos não parte apenas de choques físicos, mas sim de transmissões de preconceitos que ferem com a dignidade humana. Desse modo, é possível perceber uma ideologia enraizada que, direta ou indiretamente, prejudica a inserção do deficiente na sociedade e meio econômico. Pode-se perceber, portanto, que a permanência do problema provém, principalmente, de bases históricas e ideológicas. Assim, cabe à população a própria conscientização com a ajuda de políticas públicas para a inclusão das pessoa com deficiência. Ademais, é necessário uma maior fiscalização para o cumprimento de leis impostas à sociedade. Desse modo, a exclusão social será gradativamente reduzida no Brasil.