Título da redação:

Barreiras que podem ser derrubadas

Proposta: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 21/06/2017

A cada quatro anos o Brasil para, emociona-se e vibra junto de milhares de esportistas a cada medalha alcançada durante os jogos paralímpicos. Orgulho estampado após uma vitória e empatia a cada derrota. Contudo, após o encerramento, o deficiente volta a sua invisibilidade e ansiosamente aguarda o próximo evento que lhe trará de novo o reconhecimento do governo e da população. A lenta inclusão da pessoa com deficiência e a baixa eficácia de suas leis de apoio trazem a sociedade de volta à realidade, uma realidade feita de degraus que impedem o acesso ao mercado de trabalho, saúde, educação e à independência. Destacando assim, os desafios enfrentados por pessoas com deficiência no Brasil. De acordo com dados liberados pelo IBGE, 45 milhões de brasileiros sofrem alguma deficiência física ou intelectual, mesmo representando quase 24% da população, o grupo ainda não usufrui plenamente de sua cidadania. A falta de acessibilidade em locais públicos e em áreas de lazer fez João Santiago, cadeirante, desenvolver o aplicativo para smartphones “Dá pra ir?” em que é possível verificar as regiões mais acessíveis e informações sobre seus direitos. O objetivo do programador é ampliar a proposta para diferentes tipos de necessidades. Diante disso, percebe-se a precariedade da infraestrutura oferecida à população brasileira, desde calçadas mal construídas que também atingem negativamente grávidas e idosos à cardápios disponibilizados em braile, banheiros especializados e recursos de acessibilidade na programação televisiva. Ademais, a nova lei Brasileira de inclusão da pessoa com deficiência, sancionada recentemente, pelo governo Federal determinou cotas empresariais em prol de uma participação mais ativa de deficientes no mercado de trabalho, bem como um número mínimo de ambientes acessíveis em hotéis e pousadas. Paralelamente, a recente criação do Estatuto da pessoa com deficiência busca impedir toda e qualquer intolerância que dificulte o acesso a direitos básicos, como taxas extras na mensalidade de escolas de ensino privado. Sua punição pode chegar de dois a cinco anos de detenção além de multas. Nesse contexto de desrespeito e desigualdade, medidas são necessárias para atenuar a problemática. Em principio será necessário a ação governamental por parte do Ministério dos direitos humanos no combate à intolerância através de palestras escolares, eventos comunitários e maior debate na mídia. Além disso, as prefeituras locais devem fiscalizar mais severamente a acessibilidade oferecida em locais públicos e punir da mesma forma para salientar sua importância. Ainda, o ministério da educação pode inserir alunos deficientes no ensino regular como forma de aplicar o direito à educação, incentivando também a sua inserção social. Assim, a maior interação societária trará consigo a conscientização da população sobre as necessidades e direitos do grupo, sendo então possível afirmar que o Brasil oferece mecanismos exitosos para a ascensão de todo e qualquer cidadão.