Título da redação:

Atual conjuntura da inclusão no Brasil

Proposta: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 22/10/2016

De acordo com os dados do IBGE, 6,2% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, sendo que a visual é a mais comum nessa sociedade. Mesmo através do Estatuto da Pessoa com Deficiência, o qual melhorou bastante a situação dessa parcela da população, ainda são comuns os problemas que envolvem a acessibilidade, o respeito às vagas especiais nas cidades e a educação específica desses cidadãos nas cidades em geral. Em virtude disso, a sociedade precisa se atentar para a problemática da inclusão dos deficientes na dinâmica social. Tangente a esses aspectos, o portador de deficiência também é um cidadão, que possui direitos e deveres como qualquer outra pessoa que constitui a sociedade civil. Segundo Thomas Marshall, a evolução da cidadania se dá através da busca pela igualdade dentro das sociedades. Nesse sentido, é necessário reconhecer aqueles que possuem algum déficit físico ou mental como cidadãos que necessitam de um cuidado especial. Dessa forma, a situação atual dessas pessoas no Brasil, evidenciada pela falta de respeito pelas leis que beneficiam os portadores de algum déficit, prejudica a inclusão deles nas diversas instâncias da sociedade, como no trabalho e, principalmente, na educação, em que apenas uma minoria dos pedagogos possuem alguma formação específica no cuidado dos alunos deficientes e poucas escolas disponibilizam intérpretes ou livros em braile para seus alunos portadores de incapacidades audiovisuais. Ademais, existe uma formação e conscientização deficiente na educação brasileira sobre o tratamento que é preciso prestar para os deficientes em todas as esferas sociais. Em virtude disso, o desrespeito impera nos estacionamentos, que mesmo possuindo muitas vagas especiais, não atendem as necessidades dessa população, pois a falta de fiscalização permite que outras pessoas não deficientes utilizem aquela vaga sem necessidade. Essa realidade é o oposto que acontece em países mais desenvolvidos, os quais, na maioria das vezes, não possuem nenhuma legislação sobre benefícios para a população deficiente, mas que conseguem atender as necessidades deles através do respeito e da educação, que permitem o atendimento adequado aos portadores de déficits por meio do princípio da alteridade. Dessa forma, a sociedade brasileira conseguiu muitos avanços no tratamento dado aos deficientes por intermédio das leis, mas ainda não foi capaz de mudar a realidade do descaso por não executar plenamente o que está previsto na legislação. Desse modo, fica evidente que as leis precisam ser postas em prática de maneira eficiente para atingir resultados mais expressivos. Logo, o MEC precisa investir na formação de mais professores especializados na educação de portadores de deficiência, principalmente no ensino voltado para crianças e jovens portadores de doenças mentais, para que eles possam aplicar a melhor metodologia de ensino e, assim, incluí-los na dinâmica social da educação. Por outro lado, as ONGs precisam ter uma atuação de conscientização e integração da sociedade pela inclusão dos que possuem algum déficit físico ou mental na vida social. Isso deve ser feito por meio de campanhas informativas e educativas nos bairros e comunidades, envolvendo nelas programações de noções de cuidados especiais com crianças com problemas mentais, como as que possuem autismo, e de comportamento perante aos deficientes, pois muitos acabam excluindo essa população por não saber como se portar diante de uma deficiência.