Segundo dados do site Agência Brasil, quase um quarto da população brasileira é portadora de algum tipo de deficiência. Apesar deste alto índice, tais pessoas ainda não são devidamente tratadas e muitas ainda sofrem discriminação. Assim, emerge um desafio contemporâneo: a inclusão social destes indivíduos. Destacam-se como pontos importantes a serem resolvidos a falta da acessibilidade e de mecanismos de adaptação. Como citado anteriormente, o Brasil contém um alto número de deficientes e, em contrapartida, faltam rampas e vagas de estacionamento nos centros urbanos, tais como adaptações em transportes coletivos, o que acaba por dificultar ainda mais a mobilidade urbana para os deficientes. Outrossim, a falta de adaptação nas escolas também se faz presente, principalmente na falta de qualificação do professor para lidar com o problema. Há também outro grave problema a ser tratado: o preconceito. Este, muitas vezes é fruto da concepção de que os deficientes são, em muitos casos, privilegiados pela lei. Porém, como Peter Singer, um dos mais proeminentes filósofos morais da atualidade, explica em sua obra, Ética Prática, igualdade não é tratar a todos igualmente, mas sim tratar os desiguais na medida de suas desigualdades, de modo que nossas diferenças apenas suscitam direitos diferentes. Nesse sentido, é importante entender que medidas como cotas e vagas especiais para deficientes não são privilégios, mas sim produtos da própria igualdade. Assim sendo, há muito por fazer. Para que os professores sejam devidamente capacitados a atender deficientes nas escolas, é preciso inserir na grade curricular dos cursos de licenciatura, por meio de lei, tal capacitação. Ao poder executivo municipal cabe a inserção de rampas e adaptações nas ruas da cidade. Quanto ao preconceito, este só poderá ser quebrado por meio da educação. Afinal, à guisa de Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele.