Título da redação:

Apartheid do século XXI

Proposta: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 18/07/2016

Segundo a Declaração dos Direitos Humanos, todos os cidadãos nascem livres e iguais em direitos. Entretanto, hoje no Brasil, as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência carecem de seu exercício de cidadania e liberdade, sendo segregadas. Vive-se em um verdadeiro “apartheid”. Nesse sentido, a falta de infraestrutura delonga a inclusão social dessa parcela na sociedade, fazendo-se necessário reverter esse quadro. Em uma primeira abordagem, é preciso reconhecer que há um mau planejamento urbano para os deficientes. Nas cidades, são raras as vagas em estacionamentos e transportes públicos para cadeirantes, além de rampas em boas condições. Somado a isso, achar informações em braile é quase impossível. Dessa forma, aqueles que apresentam alguma deficiência são privados de sua própria autonomia. Em uma análise mais aprofundada, observam-se poucas escolas capacitadas em atendê-los. Primeiro, porque até antes do Estatuto da Pessoa com Deficiência ser criado, existiam taxas adicionais em escolas privadas para matrículas de pessoas deficientes. Tal cobrança pode ser traduzida como uma tentativa de impedir a presença destes no espaço escolar. Além disso, colégios públicos para os mesmos são escassos. Desse modo, a formação intelectual dos indivíduos especiais é prejudicada pela falta de recursos e, consequentemente, sua inserção no mercado de trabalho é mais difícil. Torna-se, portanto, evidente que o cenário das pessoas com deficiência é um problema no Brasil e medidas precisam ser tomadas. Em vista disso, o Governo deve realizar reformas nos espaços e veículos públicos, adaptando-os as necessidades dos deficientes. Além disso, deve criar mais escolas especiais e, em parceria com instituições de ensino, investir na capacitação de professores. Ademais, pode fazer acordos com empresas privadas, beneficiando aquelas que tiverem certo número de funcionários com algum tipo de incapacidade. Assim, é possível acabar com o regime segregacionista vigente e promover oportunidades iguais e dignidade aos deficientes.