Título da redação:

Além dos quadrinhos

Tema de redação: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 16/09/2016

Olá, tudo bem corretor(a)? Antes de enviar minha redação quero agradecer imensamente ao projeto redação por esse apoio na produção e aperfeiçoamento das redações. Se puder me dê feedbacks principalmente no que diz respeito ao uso de vírgulas, crases e na extensão de períodos. Obrigada. Certa vez, o cartunista Maurício de Sousa integrou aos quadrinhos da “Turma da Mônica” a personagem Dorinha, uma garota portadora de deficiência visual, como forma de estímulo a inclusão social. Entretanto, a realidade se afasta muito dessa ficção engajada, haja vista que inúmeras atrocidades foram cometidas contra deficientes na História, tal qual ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial em que milhares de deficientes físicos e mentais foram assassinados na Alemanha nazista. Diante disso, mesmo com os avanços significativos, como foi o caso da Lei para Inclusão de Deficientes e as Paraolimpíadas, ainda hoje há lacunas na inclusão efetiva, sendo essa uma problemática que está intrinsecamente ligada à realidade nacional, seja pela discriminação no cotidiano, seja pela pouca acessibilidade no país. É válido considerar, antes de tudo, o preconceito presente no cotidiano como impulsionador desse problema. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mais de 6% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. No entanto, muitos atos discriminatórios são velados, como acontece em piadas, outros surgem de maneira radical, a exemplo dos crimes de ódio, ferindo a integridade moral e física dos deficientes. Além disso, instituições que deveriam incluir são aquelas que ajudam a promover a segregação, tal qual ocorre no mercado de trabalho e nas escolas que negam ou limitam a entrada de deficientes. Outrossim, cabe destacar os desafios em relação à acessibilidade no Brasil. Segundo Platão o importante não é viver, mas viver bem. Contudo, as dificuldades impostas aos deficientes prejudicam a concretização dessa máxima platônica, uma vez que a falta de acessibilidade é um desafio para os portadores de deficiências. Os inúmeros obstáculos são exemplos disso, esses que se revelam na falta de rampas, nas precárias condições das calçadas, além dos poucos ônibus adaptados para o transporte de cadeirantes. Assim, as dificuldades na mobilidade criam barreiras físicas e sociais para os deficientes. É evidente, portanto, que a inclusão de deficientes ainda não se concretizou na sociedade brasileira. Para atenuar essa problemática, é necessário que as escolas incluam pessoas com deficiência no sistema regular de ensino, dando todo o suporte para o seu desenvolvimento social e mental, minimizando, assim, o preconceito desde a infância. Ademais, cabe às empresas a inclusão de pessoas deficientes no mercado profissional, proporcionando a equidade social, isso pode ser concretizado com a ampliação das cotas. Por fim, é fundamental que o Estado implemente projetos de acessibilidade, adequando o espaço às necessidades de todos, incluindo rampas e eliminando obstáculos. Só assim, com a união do Estado e da sociedade, a inclusão de pessoas deficientes, como Dorinha, não será apenas na ficção, mas também na realidade.