Título da redação:

Acessibilidade: Autonomia para superar barreiras.

Proposta: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 31/07/2017

Na civilização Espartana, quando uma criança nascia, inspeções eram feitas para verificar sua saúde, se alguma deficiência fosse detectada a criança era sacrificada por ser inata e não poder se tornar um guerreiro. Atualmente, apesar dos deficientes terem seus direitos garantidos, é fácil perceber que o preconceito atual tem raízes profundas e que a falta de oportunidades impede a inclusão. Nesse contexto, a sociedade brasileira encontra um dos seus maiores desafios: ampliar a acessibilidade e superar o preconceito para os deficientes evoluírem economicamente e socialmente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 25% dos deficientes das cidades brasileiras são pobres. Isso se deve principalmente a falta de acessibilidade que afeta a escolaridade, eleva o desemprego e, consequentemente, a pobreza. Iniciativas nos meios de ensino são os primeiros passos para ampliar a inclusão, professores qualificados, cotas e ensino de libras são fundamentais para uma formação igualitária. Somado a isso, o ambiente profissional também necessita de mudanças na ampliação das vagas e nas condições de mobilidade, visto que na maioria das vezes, falta guias rebaixadas, elevadores e vagas destinadas a deficientes. Ampliar a participação dos deficientes na sociedade é garantir o seu direito como cidadão, bem como, a independência econômica e de todos os aspectos da vida. Além dos problemas de acessibilidade, há uma problemática social envolvida na inclusão dos deficientes. Como resultado do preconceito, criou-se uma imagem a qual enquadra as pessoas com deficiência como inaptas e coitadas.Com isso, a desaprovação na sociedade e transtornos, como a depressão, são consequências dos prejuízos causados pela discriminação que leva a péssimas condições sociais e de saúde. Em contraste, iniciativas de valorização da diversidade evidenciam que os indivíduos que têm acesso a mobilidade e a autonomia podem evoluir e crescer socialmente, por exemplo, a equipe paralímpica brasileira dos jogos olímpicos de 2016 que teve grandes resultados e obteve 72 medalhas na competição. Fica evidente, portanto, que a acessibilidade e a inclusão social são necessários para a autonomia dos deficientes na sociedade. Diante disso, é dever do Ministério da Educação, por meio de cursos especiais, investir na capacitação de profissionais qualificados para oferecer um ensino de qualidade aos deficientes. Ademais, é de extrema importância que o Ministério do trabalho faça parcerias com os setores privados a fim de garantir a ampliação de vagas e a regulamentação das condições estruturais das empresas em busca de mais mobilidade. Já as ONGs precisam cumprir plenamente sua função social com projetos comunitários e esportivos pela busca do fim do preconceito e a formação de uma consciência de inclusão. Com tais medidas, os deficientes estarão inclusos na sociedade, sem preconceito e com acessibilidade.