No mundo Greco-Romano, no período da Antiguidade Clássica, tanto nobres como plebeus tinham permissão para sacrificar seus filhos, se esses nascessem com qualquer tipo de deficiência. Essa era uma prática recorrente mesmo em cidades consideradas "avançadas e democráticas", como Atenas. Hoje, apesar de ser uma atrocidade, essa ação ainda é praticada em algumas comunidades indígenas, o que é claramente um desrespeito aos direitos humanos. As pessoas com deficiência física ou mental são consideradas "diferentes", o que é um conceito extremamente equivocado, já que a diversidade é inerente à especie humana. Além de todas as dificuldades enfrentadas pelos portadores de deficiência, ainda existe o preconceito, vivenciado por eles diariamente. Esse é um fato inaceitável para uma sociedade do século XXI, especialmente no Brasil, país em que 22,5 % da população apresenta algum tipo de deficiência. As pessoas com necessidades especiais devem ser tratadas com respeito assim como qualquer um, e isso implica a criação de determinadas estruturas que facilitem os seus obstáculos, como rampas de acessibilidade, vagas e caixas preferenciais em estabelecimentos. O fato de sermos todos semelhantes não significa que temos as mesmas necessidades, pois como afirmou Aristóteles "devemos tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais, na medida de sua desigualdade." Constata-se. portanto, que algumas medidas devem ser tomadas com o objetivo de atenuar o problema apresentado. O poder público deve promover a fiscalização das leis do Estatuto da pessoa com deficiência, de modo a garantir a liberdade e integridade dessa parcela da população. Além disso, o Ministério da Educação pode incentivar a criação de APAE's - escolas voltadas para pessoas com necessidades especias-, e o Ministério do trabalho pode expandir as cotas criadas nas empresas, com o objetivo de inserir essas pessoas no mercado de trabalho. E principalmente, as organizações do terceiro setor, em parceria com a mídia devem produzir campanhas informativas, que estimulem na sociedade a percepção de que independente das diferenças,o respeito e integração são imprescindíveis para o desenvolvimento de um país justo e igualitário.