Não deixa de causar estranheza, para todos nós que vivemos no século XXI, num mundo marcado por grandes avanços na área social, somente agora entrar em vigor o Estatuto da Pessoa com Deficiência - questão que deveria ter sido resolvida desde a promulgação da constituição brasileira. Hoje, não temos mais como ignorá-la. Era um absurdo a falta de um estatuto que garantisse os direitos e as liberdades dos deficientes, haja vista a existência, na maioria dos países desenvolvidos e até emergentes, de leis específicas para eles já vigorando há um bom tempo, de acordo com a revista EXAME.com. Desse modo a criação desse estatuto possivelmente ajudará a promover a inclusão das pessoas com deficiência de modo a realizar a justiça social, diminuindo a discriminação social para com essas pessoas. Além do mais, a criação desta lei, bem como o seu cumprimento, se faz indispensável, pois de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU ), há relação direta entre a falta de leis próprias para pessoas com deficiência e o aumento da discriminação e exclusão dessas pessoas. Há de se falar também, de acordo com as ciências sociais, que a questão da inclusão das pessoas com deficiência é, acima de tudo, sociopolitica, por envolver toda sociedade. Sendo assim, a partir do momento em que não se asseguram os direitos básicos, como por exemplo o de ir e vir de cada cidadão ,sem exceção, a almejada inclusão se torná ilusória. Portanto, é necessário ampliar ações afirmativas e programas de inclusão da pessoa com deficiência, pois atualmente, regiões mais afastadas da capital, ainda encontram dificuldades para o cumprimento da lei. A ampliação reduzirá as desigualdades evitando a discriminação contra o deficiente. Vale ressaltar, de todo modo, que a lei de inclusão para se fazer cumprir, haverá de ser cobrada pela sociedade. Uma medida para fiscalização da lei ,seria a criação de um órgão especializado, com profissionais especializados nas mais diversas deficiências, garantindo assim o seu exercício.