Título da redação:

A Carência de Incentivo

Proposta: A questão da inclusão das pessoas com deficiência

Redação enviada em 04/07/2016

Na antiguidade, a Cidade-Estado grega Esparta possuía como uma de seus características principais o forte poder bélico e humano. Em decorrência da necessidade de formação de um exército perfeito e poderoso, as crianças que nasciam com deficiências eram mortas após o nascimento, por serem consideradas indesejadas à nação espartana. Em oposição ao estilo excludente de Esparta, as sociedades contemporâneas tendem a buscar a inclusão dos deficientes, pois reconhece-se que estes são, apesar de suas limitações, pessoas com potencial de crescimento e contribuição para o desenvolvimento econômico e social. A quebra de preconceitos sobre os deficientes no último século decorre, especialmente, pelo surgimento de personalidades de reconhecimento mundial, como Stephen Hawking, físico portador de esclerose lateral amiotrófica, que proporcionou à ciência conhecimentos inimagináveis sobre o universo. Casos como este demonstram ao mundo que, salvo em campos onde a deficiência os limita, os deficientes possuem capacidades que podem superar as dos não deficientes. Infelizmente, faltam políticas públicas de incentivos ao desenvolvimento dos deficientes, que comumente são submetidos apenas ao ensino básico, com pouco inventivo aos esportes, por exemplo, apesar de os para-esportes já possuírem nível mundial. A carência de investimentos públicos nos deficientes acarreta, consequentemente, na dificuldade de incluir os mesmos no mercado de trabalho. Apesar de um cadeirante, verbi gratia, apresentar basicamente nenhuma limitação para atuar como contador, raramente ocupará essa posição, devido à falta de estímulo governamental para a contratação. Erroneamente, a solução do Estado brasileiro foi de “obrigar” as empresas a contratar um número pré-determinado de deficientes, ao invés de proporcionar estímulos fiscais as empresas, como redução de impostos sobre o faturamento, o que favoreceria a empresa, os deficientes e a própria economia. Ao analisar os fatos, torna-se necessária, por conseguinte, a ação do Estado e da sociedade para a correção deste impasse. O Ministério da Educação deve proporcionar maior investimento na preparação da vida futura dos deficientes, oferecendo cursos e inclusão nos esportes, através de parcerias com empresas privadas, cujo nome seria valorizado pelo investimento na nobre causa. É função do Ministério da Fazenda oferecer estímulos a contratação dos deficientes, como redução de burocracia, para que estes possam entrar mais facilmente no mercado de trabalho. É papel da sociedade, como um todo, buscar a inclusão dos deficientes, encarando suas limitações, mas reconhecendo todo seu potencial e capacidade.