Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A questão da fome no Brasil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 30/09/2018

Conforme a Constituição brasileira, o Estado tem o dever de assegurar saúde, educação, moradia e alimentação a todos os indivíduos, sem distinções. No entanto, há uma grande divergência entre os diretos estabelecidos judicialmente e os vivenciados cotidianamente, uma vez que o Brasil ainda é marcado por uma grande desigualdade social e econômica, o que torna a consolidação desses direitos restritos a determinadas classes, além de contribuir para o elevado índice de fome no país. A priori, sociologicamente há uma discordância entre cidadania real e formal, enquanto essa diz respeito ao código de direitos civis presente na Constituição brasileira que assegura os direitos dos cidadãos, aquela está relacionada com a concretização desses privilégios na sociedade e a forma que são vivenciados e, de fato, a uma desarmonia. Nesse contexto, apesar dos direitos humanos estipulados na lei, o Brasil possui cerca de sete milhões de pessoas que convivem com a fome diariamente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Porquanto, esse elevado índice relaciona-se com a má distribuição de alimentos e de renda existente no país, visto que, mesmo com uma produção acentuada no ramo alimentício, o baixo poder aquisitivo limita o consumo das pessoas de baixa renda tornando inviável a compra de alimentos, além de invalidar a aquisição dos direitos básicos estabelecidos na lei. Ademais, a discrepância na distribuição de renda dos brasileiros é um fator relevante para o aumento da fome no país. De tal forma que, enquanto a maioria detém de uma parcela mínima de toda economia nacional, a minoria (ou seja, os mais ricos) detém a maior parte de todos os recursos econômicos do país. Como consequência, o Índice de Desenvolvimento Humano revelou que o Brasil está entre as dez nações mais desiguais, tal qual 75,6% de toda a riqueza local concentra-se nas mãos de apenas 10% da população. Dessa maneira, a escassez de alimentos é o seguimento da grande desigualdade no acúmulo de capital existente entre as classes sociais, o que favorece o consumo exacerbado de uns e limita os de outros. Em síntese, na cidadania real, o que se tem presenciado é que os direitos civis expostos na Constituição no seu artigo 6º, na qual garante a alimentação, saúde e educação como direitos sociais, não são executados como manda a lei, ficando, infelizmente, só no papel. Em virtude disso, as necessidades básicas para a sobrevivência acabam sendo restritas aos mais pobres. Em primeiro lugar, o Governo do Estado deve ampliar os programas de cunho social, como os já vigentes Bolsa Família, programa esse que tem se mostrado relevante para aquisição de uma ajuda financeira entre as famílias mais necessitada, e a Fome Zero, que tem como objetivo erradicar a fome no país e garantir a segurança alimentar das famílias. Uma boa forma para a ampliação desses programas é a realização de um mutirão nas cidades mais carentes do estado, para a realização dos cadastros e o acompanhamento dessas famílias. Destarte, por meio dessas ações, o Estado poderá ampliar a inclusão social das minorias e, assim, erradicar a fome, aos poucos, do país.