Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A questão da fome no Brasil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 20/08/2018

Segundo a primeira lei de Newton, um corpo tende a manter o seu estado, a não ser que uma força externa suficiente haja sobre ele, mudando a sua condição. Da mesma forma, os altos índices de fome no Brasil permanecem devido à manutenção de fatores históricos e sociais, nos quais percebe-se a desigual distribuição de renda somado ao modelo agroexportador e o grande desperdício. Em primeira análise, cumpre salientar que a história do Brasil é marcada pela concentração do poder e da riqueza na mão de poucos: durante a colonização, percebe-se a disparidade entre as condições de vida do colonizador e do escravo/colonizado; no início da República, conhecida como oligárquica, os grandes fazendeiros exerciam o poder. Logo, percebe-se que a desigual distribuição de renda no país encontra-se enraizada historicamente, podendo ser visto atualmente na concentração da maior parte do PIB nas mãos de poucos empresários e em uma análise do modelo agroexportador do Brasil, no qual grandes empresas alimentícias inibem os pequenos produtores, por meio de uma concorrência desleal no mercado consumidor, devido aos custos na produção, no maquinário e nas despesas com mudanças climáticas adventícias (muito comum no Nordeste). Também convém lembrar que dados da ONU demonstram que 1/3 dos alimentos produzidos no mundo são desperdiçados, e que essa quantidade é suficiente para suprir a fome em todo o planeta. Sendo esse desperdício percebido não apenas dentro dos lares, mas em restaurantes, bares e até mesmo durante a produção: muitas indústrias alimentícias jogam fora a maior parte do produto. Dessa forma, enquanto em algumas regiões do país muito é jogado fora, em outras, segundo dados do IBGE, muitos passam por dificuldade todos os dias para se alimentar, como no Maranhão, onde 60% da população enfrenta tais problemas. Depreende-se, portanto, que a fim de combater os fatores motivadores da fome no Brasil, o Ministério da Fazenda deve promover a segurança e o desenvolvimento dos pequenos produtores, por meio de reduções fiscais seguindo como critério a renda e o tamanho da propriedade, além de incentivos agrícolas, como a doação de maquinários, auxílios e reembolso na perda da produção devido à seca, entre outros, a fim de reduzir a desigualdade no mercado consumidor e aumentar a renda dos pequenos produtores, reduzindo seus problemas com a fome. Ademais, as escolas e a mídia, por meio de palestras e programas televisivos, devem conscientizar a população sobre os problemas do desperdícios e denunciar casos de indústrias que praticam tal em excesso. Somente assim, o estado da fome no país poderá mudar.