Conforme o pensamento do filósofo Arthur Schopenhauer, o homem tem uma tendência natural de cecear o mundo de acordo com os limites da própria visão. Nesse contexto, percebe-se que a fome é um dos maiores desafios no Brasil hodierno. Diante disso, soma-se não só a divisão injusta das classes sociais, como também a ausência do poder público no que se refere ao tema. O sociólogo Karl Marx afirmar que a história da humanidade é voltada para o conflito entre as classes. Desse modo, é necessário destacar que a divisão injusta das classes sociais é um dos principais contribuidores e causadores na problemática em questão, ou seja, as péssimas condições sociais, econômicas e estruturais de maior parte da população brasileira, é o que provoca o exacerbado número de fome. Nessa conjuntura, as pessoas que não possuem uma boa renda financeira, são sujeitas a ingerir o mínimo de alimentos por dia, de maneira a torna-se vulneráveis a doenças, como, por exemplo, a desnutrição que pode levar a morte. Além disso, o poder público não possui eficiência, uma vez que, de acordo com a Constituição Cidadã de 1988 no artigo 6º, é direito humano à alimentação adequada. Contudo, essa não é uma realidade nesse território, tendo em vista que, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mais de 7 milhões de pessoas convivem com a fome no Brasil. Destarte, é comprovado a ineficácia do Estado e, por conseguinte, graves problemas são agregados a nação, como não só no desenvolvimento social, mas também econômico e cultura. Sendo assim, é indubitável a segregação de valores e direitos violentados constitucionalmente. Logo, é indispensável a adoção de medidas capazes de resolver esse impasse. Posto isso, cabe ao Estado, em parecia com ONGS promover políticas públicas, por meio de ações, como por exemplo, dobrar a distribuição de cestas básicas semanalmente para as famílias que são impossibilitadas de trabalhar, com o fito de atingir o número máximo de pessoas carentes e mitigar as desigualdades, tal como a fome presente no país. Ademais, a sociedade deve envolver-se mais na política, mediante a participações nas câmaras de vereadores das suas cidades, a fim de cobrar aos seus representantes todos os direitos ditos pela Constituição e, assim, construir uma nação mais justa e igualitária.