Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A questão da fome no Brasil e seus fatores motivadores

Materiais:

Redação enviada em 30/07/2018

Com a Revolução verde, ocorrida a partir da década de 50, houve um grande avanço na agricultura, a qual passou a obter maior produtividade devido às inovações de equipamentos e de melhoria nas práticas agrícolas. Porém, o aumento na produção de alimentos não solucionou o problema da fome no Brasil. Nesse contexto, os dilemas que envolvem esse processo, ocorrem, sobretudo, em decorrência de fatores políticos e sociais. Por isso, medidas cujo objetivo seja reverter esse quadro são necessárias. Um primeiro aspecto que contribui para a problemática é a corrupção do sistema político nacional. Essa realidade pode ser comprovada pelo conceito “Homem Cordial” abordado na obra “Raízes do Brasil”, do sociólogo Sérgio Buarque de Holanda. Segundo o autor, os brasileiros relacionam com o social por meio de uma ética baseada na emoção, tendendo a tratar o que é público de forma privada. Esse fenômeno pode gerar uma sobreposição das leis pelas relações de cordialidade entre representantes do governo e uma parcela privilegiada da população, o que corrobora a corrupção no país. Assim, esse corrompimento estatal gera desvios de verba que deveriam ser aplicadas em programas sociais de combate a fome, o que é compromete, por exemplo, o abastecimento de merenda nas escolas públicas. Outro aspecto que corrobora a problemática é desigualdade social presente no Brasil. Essa realidade tem suas origens desde a formação do estado brasileiro, no qual esse foi divido em capitanias hereditárias, deixando o poder financeiro concentrado em alguns membros da nobreza portuguesa. Tal problema foi se perpetuado ao longo da história do país e, ainda hoje, pode ser percebida a discrepância entre as rendas da população brasileira. Isso pode culminar em uma situação alarmante, visto que a carência de alimentos pode afetar as esferas da vida social de um indivíduo, prejudicando, por exemplo, sua formação educacional, o que tende a perpetuar esse quadro de miséria. Fica clara, pois, a urgência em coibir essa preocupante realidade. Para isso é necessário que o Tribunal de Contas da União, juntamente com os demais órgãos fiscalizadores, supervisione a distribuição de recursos relacionados à alimentação, a fim de que esses sejam repassados aos que necessitam desse subsídio. Cabe ainda ao Poder Público-por seu papel de gerenciamento da vida pública- por intermédio do poder legislativo, criar leis que passem a cobrar o imposto proporcional à renda de cada cidadão ao invés de incidir sobre a mercadoria, com o intuito de mitigar a discrepância da distribuição de renda no Brasil. Somente assim será possível combater a desigualdade e obter uma sociedade mais justa e garantidora dos direitos de cada indivíduo.