Dentre as críticas sociais abordadas em "O Cortiço" de Aluísio Azevedo inclue-se a presença da fome. Mesmo com o progresso histórico-social essa questão se faz presente ainda hoje. Diante disso, o país busca medidas para cessar o problema relatado na obra naturalista. É inquestionável que propor o ser humano a situações degradantes de alimentação fere os Direitos Humanos. Uma vez que são submetidos à desnutrição, doenças por hipovitaminoses, má formação de bebês entre outras que tendem a conviver cotidianamente. Tendo em vista que, segundo o IBGE cerca de 7 milhões de pessoas encontram-se nessas condições, ainda que no Brasil exista setores alimentícios suficientes, fica evidente a causa político-social em questão. Logo, a desigualdade social é o fator responsável pela atual realidade da fome. De modo que, a classe baixa, -conforme a hierarquia da estratificação social- isenta de possibilidades tanto educacionais quanto trabalhistas, sobrevivem mediante condições desumanas em lixões e ruas. Através da pesquisa do IBGE a qual afirma que 12,1% da população vive na miséria enquanto 10% estão entre os mais ricos, é possível corroborar a afirmação supracitada. Dessa forma, medidas são necessárias para se obter êxito no combate à fome. Assim, a participação do Ministério das Cidades em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social devem proporcionar oportunidades na educação e no trabalho para àqueles submetidos à extrema pobreza através da inclusão em locais pedagógicos e cursos profissionalizantes. Ademais, os meios de comunicação podem contribuir ao dar ênfase em projetos de ONG's com a distribuição de alimentos para essa população. Assim, será possível mudar a realidade já retratada por Aluísio Azevedo.