É consenso que a fome persista no Brasil há muito tempo e isso ocorre por inúmeros fatores, sejam naturais ou sociais, tais como a pobreza, a desigualdade social e a de terras nas áreas rurais do país. Nesse cenário, um registro literário reproduz esse cenário, no livro Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, o qual mostra condições de pobreza, concentração de terras e más condições de vida pela população residente do local e apesar do livro ter sido lançado na metade do século XX, a situação na região não é muito diferente da atual. Em primeiro lugar, é importante salientar que existe uma concentração de terras, nas zonas rurais brasileiras, os chamados latifúndios, os proprietários deles concentram a maior parte da renda e do espaço agrário da região, enquanto não sobra muitas coisas para a parte mais pobre da população. Nessa perspectiva, com a Revolução Verde, ocorrida no Brasil, a partir da década de 70, a qual promoveu uma maximização da produção agrícola, contudo, essa fabricação não é bem distribuída para a sociedade, o que acaba por resultar por resultar no agravamento do quadro da fome pelo país. Outrossim, isso pode ser uma contradição, pois a produção de alimentos aumentou, tendo que a sua distribuição deveria seguir a mesma proporção, todavia isso não ocorreu. Além disso, é de extrema importância ressaltar que, em 2018, o Brasil voltou a ocupar um lugar no mapa da fome, da ONU, mesmo tendo deixado ele há quatro anos, após a criação de diversas políticas públicas, com o propósito de reverter a situação. Destarte, ainda convém lembrar que fatores estruturais e naturais, tais como a seca e falta de infraestrutura por parte do Poder Público acabam por poderem agravar esse cenário, porquanto a falta de investimentos em locais os quais sofrem com as estiagens periódicas podem prejudicar mais os pequenos agricultores os quais normalmente fazem agricultura familiar e tradicional, do que os grandes, os quais pertencem ao agronegócio. Em vista do que foi dito, medidas são necessárias a fim resolver o impasse acerca da questão da fome no Brasil. Portanto, caberá ao Governo Federal maximizar seus investimentos em programas sociais, assim como o Bolsa Família, Programa de Cisternas e Pro Jovem Adolescente, com apoio financeiro vindo através de parcerias feitas com grandes empresas do setor privado, para que os seus usuários possuam melhores condições de vida e não tenham riscos de passarem fome. Dessarte, provocando melhorias em curto prazo, progressos no eixo social brasileiro e que o Brasil consiga novamente deixar o mapa da fome.