Na sociedade feudal da Idade Média, a agricultura era de subsistência e as técnicas de plantio eram rudimentares, logo, só alimentavam-se camponeses servos de um senhor feudal. Entretanto, nos dias atuais, a tecnologia permitiu aprimorar as técnicas de agricultura, possibilitando a produção de alimentos em larga escala, porém, a fome no mundo cresce a cada dia, levantando o seguinte questionamento: por que a fome cresce proporcionalmente ao aumento da produção de alimentos? Segundo o IBGE, o Brasil, em 2017, obteve a maior safra de grãos das últimas décadas, fomentando discussões sobre a generalização da fome que não assola somente o País, mas o mundo. Um entre os diversos fatores que agravam esta mazela social é a desigualdade econômica devido ao sistema neoliberal vigente no Ocidente e as sucessivas crises financeiras, como a recessão brasileira que assola o País há quatro anos, causando desempregos e a inserção de uma grande quantidade de cidadãos que já se encontravam em uma situação financeira debilitada, na linha da pobreza. Além disto, outro fator importante que contribui para acentuar o problema da falta de alimentação para as pessoas mais frágeis economicamente é o desperdício de alimentos que, de acordo com a ONU, equivale a um terço da produção mundial, ou seja, a ausência de políticas públicas e mobilização por parte da sociedade e da iniciativa privada dificulta a reversão do quadro de subnutrição, intensificando o agravamento da situação atual e tornando-se caso de saúde pública, devido à falta de nutrientes essenciais para a manutenção do organismo humano. Percebe-se, portanto, que são vários elementos que contribuem diretamente para o sustento desta conjuntura atual. Logo, é imprescindível, por parte do Governo Legislativo, a criação de leis rígidas de controle sobre o transporte e armazenamento de mantimentos, visando minimizar os desperdícios nestas etapas, e a elaboração de políticas públicas, juntamente com o apoio da população e das empresas privadas, buscando elaborar projetos sociais, objetivando não só a extinção da fome, como também uma sociedade justa e igualitária.