No Brasil, a questão da fome ainda é uma realidade para cerca de 7 milhões de brasileiros. Segundo dados do IBGE, o pior período do Brasil foi a década de 80, estimando-se que 40% da população vivia em extrema pobreza. O problema da fome constitui questão urgente a ser combatida por nosso Governantes, porquanto reflete na saúde, bem estar e segurança da sociedade como um todo. Vale lembrar que a dignidade da pessoa constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, significando que o Estado deve centrar sua atividade na pessoa humana, assegurando dentre outros, o direito à vida, garantindo o indispensável para que possa viver com dignidade. Historicamente, a fome é causadora de guerras civis e militares. No caso da Síria, por exemplo, a guerra civil instalada foi antecedida de grave seca, decorrente de problemas climáticos, que assolaram as fazendas, tornando-as improdutivas, em consequência, gerando pobreza e fome no país. A fome é um problema sempre presente na humanidade, sendo, nos dias atuais, no Brasil, consequência da desigualdade social, desemprego, má distribuição de renda, impedindo o acesso da população à comida. Não obstante a produção agrícola haver batido recordes de produção a fome continua presente, porquanto a riqueza encontra-se nas mãos de 10% da população. O alimento saudável e suficiente é necessário para o desenvolvimento físico, bom funcionamento do organismo, afastando os efeitos nocivos da desnutrição que pode levar à cegueira, à morte entre outros problemas de saúde. Consoante relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a criação do Bolsa Família, em 2003, destinado às famílias em condições de pobreza ou miséria acentuada, foi responsável pela redução do problema, tirando o país do mapa da fome. Em razão da implantação desse programa, o Brasil alcançou o 13º lugar do ranking dos países que mais investiram no combate à fome. Portanto, para que o Estado atinja seu objetivo institucional, deve continuar combatendo a fome ostensivamente, até erradicar o problema, por meio da ampliação do programa "Bolsa Família", como forma de distribuição de renda, objetivando atingir a totalidade dos indivíduos que se encontram em estado de extrema necessidade, diminuindo a desigualdade social, fomentando, ainda, a agricultura familiar, tendo em vista que a maior parte da produção do país é destinada à exportação, dificultando o acesso ao alimento.