Durante a década de 50, visando aumentar a disponibilidade de alimentos para todo o mundo, por meio da melhoria das técnicas de agricultura, surgiu, nos Estados Unidos da América, o processo denominado Revolução Verde. Hoje, após quase 70 anos, o Brasil continua a enfrentar a subalimentação como problema presente na sociedade. Nesse contexto, é mister analisar alguns dos fatores que permitem que tal quadro se instaure com o objetivo de com o objetivo de combatê-los. Em primeiro plano, é importante destacar que, para Karl Marx, a economia é um fator determinante para as relações sociais. Nesse viés, para a manutenção da engrenagem capitalista, alimentos são comercializados, muitas vezes, nos grandes centros, com altos valores agregados. Dentro dessa lógica, dada a indisponibilidade econômica das parcelas mais pobres da sociedade, a alimentação saudável e regular passa a ser privilégio das camadas mais abastardas. Além disso, é fundamental ressaltar a concentração fundiária como umas das condições para a perpetuação do problemática apresentada. Por esse prisma, a Lei de Terras, criada durante o Segundo Reinado, impôs que todas as terras desocupadas do então Brasil Imperial só seriam adquiridas mediante transações comerciais. Desse modo, a maioria das terras agriculturáveis ficaram restritas ao poder de uma elite, impedindo, com isso, que indivíduos que pertencem às classes mais baixas possam, por meio dessas terras, produzir e, conseguinte, alimentarem-se propriamente. Assim, portanto, medidas que visem lutar contra o cenário apresentado são urgentes. Com esse fim, as ONGs, por meio de capital proveniente dos setores públicos e privados, devem criar centros, fazendo uso de profissionais voluntários, para a distribuição de cestas básicas nas áreas periféricas, nas quais se concentram a população mais carentes, da cidade. Em conjunto a isso, convém que esses mesmos agentes, usando as redes sociais como meio para mobilizar um grande número de pessoas, organizem protestos pacíficos com o objetivo de estimular o debate acerca da importância da reforma agrária e, destarte, alertar os órgãos públicos quanto à urgência da causa. Logo, paulatinamente, os ideais criados pela Revolução Verde serão um pouco mais tangíveis na sociedade brasileira.