Indubitavelmente a fome é um impasse que se manifesta em praticamente todo o território brasileiro. Sua existência explica-se pela intensa desigualdade econômica. As regiões norte e nordeste são por certo, as áreas onde a falta do que comer encontra-se mais frequente em decorrência da maior miséria presente nesses lugares. Desse modo, a raiz do problema é a má distribuição de renda no território brasileiro. Durante a história, um dos principais fardos da humanidade foi enfrentar a fome. Decerto, na maioria das situações um grupo de pessoas concentrava uma grande quantidade de privilégios enquanto ao resto da população era privada de condições mínimas, em específico a alimentação. Na Idade Média, os denominados senhores feudais possuíam boa parte dos lotes de terra utilizados para fins agrários e fortaleciam um regime de semiescravidão sobre o trabalho dos camponeses, de maneira que estes realizavam o plantio, mas no fim não tinham direito a grande parte da safra. Apesar de terem passado-se séculos e a sociedade estar organizada de uma maneira totalmente diferente é exatamente esse processo que ocorre no Brasil atual. Em que uma determinada elite tem excessivamente em mãos o recurso econômico pertencente ao país, gerando assim demasiados problemas sociais, inclusive a fome. Nesse sentido, a diminuição das distâncias entre a população rica e a menos favorecida economicamente e por conseguinte a erradicação da fome poderiam ser alcançadas através da intensificação e ampliação de programas de distribuição de renda criados pelo Estado como o já existente Bolsa Família. Outra media seria o aumento da verba destinada à escola para que crianças e adolescentes possam realizar refeições nas escolas e por último o aumento do salário mínimo que consequentemente traria mais condições de combater a desnutrição para os cidadãos de baixa renda.