Desde a chegada os portugueses ao Brasil, muitas coisas foram retiradas do país, da extração de madeira e ouro até a dignidade dos índios. Ao longo dos séculos, essa cólera trazida no ano de 1500 se perpetuou e hoje é responsável por mais de 7 milhões de pessoas que passam fome no país. Nesse sentido, é contraditório o Brasil desenvolver-se na indústria alimentícia e possuir altos índices de fome. Pero Vaz de Caminha em sua carta quase descreveu uma bíblica "Canaã americana" numa perspectiva portuguesa , falando das belezas, riquezas naturais e das terras muito férteis do Brasil. Entretanto, muitas das verdades citadas por Caminha, atualmente, vão de encontro a realidade de alguns brasileiros que passam fome devido a má distribuição de renda, o êxodo rural e desvio de verba na gestão de alguns governos. Esses três fatores em conjunto levaram pessoas a situações de extrema pobreza, tirando delas direitos básicos como saúde e alimentação. Contrária a essa situação, a indústria alimentícia brasileira cresce cada vez mais, evidenciando, assim, desequilíbrio nas questões econômicas. Questões essas que envolvem algumas isenções fiscais desnecessárias enquanto milhões de pessoas morrem de fome. Outrossim, a má gestão do Governo em relação a programas como Fome Zero e Bolsa Família que, apesar de tirarem milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, não continuaram tão efetivos ao longo dos anos. Isso se deve, principalmente, ao fato de que o dinheiro investido não possui retorno para o mercado. Dessa forma, o Governo deveria oferecer incentivos fiscais a empresas ligadas ao agronegócio que contratassem a mão de obra de pessoas que vivem em extrema pobreza e doassem produtos pecuários e bovinos para ajudar a combater a fome. Não é utópico, portanto, acreditar que o Brasil pode erradicar a fome. Para isso, o Governo em parceria com o Ministério do Trabalho (MT), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e os programas Fome Zero (PFZ) e Bolsa Família (PBF)podem solucionar as causas da fome. Nessa lógica, o PFZ e o PBF fará o cadastramento de pessoas, ampliando para moradores de rua, o MT deverá desenvolver técnicas de qualificação da mão de obra e mapear os lugares que precisam de trabalhadores. Por fim, o MAPA fiscalizará o desenvolvimento dessa parceria e também distribuição de alimentos para serem doados. Isso mostra que o desenvolvimento gera progresso e acaba com a fome.