O problema da fome no Brasil contemporâneo é herança de uma colonização de exploração, na qual apenas uma classe minoritária fora beneficiada. Fomentado pela negligência da população brasileira, esse problema é um grande corolário da desigualdade que ainda persiste. Consoante Thomas Malthus, não haveria alimento suficiente para sustentar a população crescente. Essa teoria, na prática, não efetua-se, pois, no Brasil, a agricultura é bastante desenvolvida. No entanto a comida não chega para todos. Isso ocorre devido ao desproporcional provimento alimentício entre as pessoas. Outro aspecto não menos relevante é a concentração fundiária que, devido a escassez de leis e reformas agrárias, não está aquinhoada uniformemente entre os brasileiros. Consequência do que foi mencionado acima é a marginalização dos que nessa situação. Outrossim é a condição desumana em que muitos desses vivem, fortalecendo as ideias transmitidas pelos poemas “O Bicho” de Manuel Bandeira e “Luxo/Lixo” de Augusto de Campos, esse último também critica a cultura do consumismo que, consequentemente, promove o desperdício, transpassando a mensagem de que o lixo de um é o luxo de outro. Em virtude da questão da fome no Brasil, é necessário que o Governo, através da Lei de Desapropriação e do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), realize reformas agrárias com intuito de minimizar a problemática fornecendo terra para subsistência e auxílio para manutenção dessa, e, assim, a inclusão social das pessoas marginalizadas.