“A voz da consciência e da honra é bem fraca quando as tripas gritam”. A frase do filósofo e escritor Denis Diderot parece fazer alusão ao grande desafio de alimentar todos os indivíduos da sociedade com qualidade, permitindo longevidade e o desenvolvimento completo do cidadão. Nessa perspectiva a fim de evidenciar a problemática, cabe analisar a pobreza e o desperdiço de alimentos. É notório que a pobreza atinge diretamente a população. Nesse sentido, segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE, quanto menor o rendimento, maior a situação de insegurança alimentar moderada. Além disso, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), os domicílios da região do Norte e Nordeste estão abaixo da média nacional de 70% em relação à alimentação adequada. Outrossim, é importante enfatizar também que o desperdiço de alimentos no Brasil é muito elevado. Conforme dados, a perca está associada a várias etapas da produção, distribuição e do consumo final. Em relação a isso, é possível notar o hábito exagerado do brasileiro de preparar alimentos de forma excessiva, o armazenamento de forma inadequada e a educação preconceituosa associada ao manipulação e cocção de alimentos mais desgastados, porém ainda úteis. É notório, portanto, a relevância de fatores sociais na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao governo investir em educação e projetos sociais que possibilite uma inserção dos indivíduos pobres no mercado alimentício e também uma conscientização para a redução do desperdiço. Tais medidas, podem ser efetivadas com a construção de novas escolas, bibliotecas e cursos públicos. Ademais, a sociedade ou comunidade pode se juntar e praticar ações solidárias, como: distribuir cestas básicas para os mais necessitados.